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X-Men # 08

Por Eduardo Sales Filho

Na última edição: Os Carniceiros atacam o Anjo em Nova Jersey. Nosso herói é derrotado e agora está nas mãos dos vilões.

Free As a Bird

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Esmaga-Ossos levanta a moto, que havia sido jogada pelo Anjo, e liberta seus companheiros Lindinho e Racha-Crânio. Alguns metros à frente, Warren Worthington III está inconsciente devido ao ataque impiedoso dos vilões. As pessoas que assistiam a luta fogem quando um dos Carniceiros começa a atirar para o alto, dispersando a multidão.

— Lindinho, pega as correntes no carro. Vamos embrulhar esse passarinho pra presente.

— É pra já, Esmaga! — os braços mecânicos do ciborgue se alongam, percorrendo os 400 metros que o separa da van onde Pierce os espera.

— Muito bem, moçada, vamos acabar logo com isso.

Os braços de Lindinho voltam, carregando as correntes, e os Carniceiros começam a amarrar o Anjo. Subitamente um chute, vindo do nada, atinge Esmaga-Ossos. A princípio surpreendido, o vilão se recupera e prepara-se para enfrentar sua oponente, Lince Negra. Ele acelera na direção da mutante. Kitty torna-se intangível e o vilão passa através dela. Os circuitos de locomoção do ciborgue começam a soltar faíscas e explodem.

— Olá rapazes. Creio que vocês não me conhecem, mas já estudei muito sobre os Carniceiros nos arquivos dos X-Men. Meu nome é Lince Negra e não gostei nem um pouco do que fizeram com meu colega. — a mutante, trajando seu uniforme de combate, paira no ar em frente aos dois vilões restantes.

— Você pode ter tido sorte com o Esmaga-Ossos, moça. Mas o Racha-Crânio não vai ser derrotado por uma menina!

O ciborgue avança sobre Kitty Pryde. Ela desvia-se com a velocidade de um ninja e atinge o vilão na nuca, derrubando-o. Lindinho então toma a ofensiva. Lince Negra desmaterializa sua mão direita e a enfia no peito de seu oponente. O corpo do carniceiro estremece por alguns segundos, para em seguida cair pesadamente ao chão, soltando muitas faíscas.

— E então? Ainda acha que pode vencer essa “menina”? — pergunta com um tom irônico para Racha-Crânio.

— Não posso enfrentar você. Não tenho dados suficientes para derrotá-la. Ao menos, não ainda.

— Ótimo. Então se entrega logo e facilita a vida de todo mundo.

— Lamento, mas tenho um compromisso inadiável. A gente continua isso numa próxima oportunidade.

Um disparo laser parte da arma do vilão e atinge a parede ao lado do Anjo.

— Warren! — Grita Kitty. “Os escombros vão matá-lo se eu não fizer alguma coisa!”

Mais rápida que um leopardo, a mutante atira-se sobre o corpo do amigo, deixando ambos intangíveis. Ela nada em meio aos destroços, arrastando Warren para fora. Quando finalmente consegue, os Carniceiros já não estão mais lá.

— Cof! Cof! Kitty? O que aconteceu? Os Carniceiros...?

— Fugiram. Está tudo bem agora, vamos pra casa.

Kitty Pryde ajuda seu amigo a levantar. Warren cobre as asas com seu sobretudo. Os dois mutantes entram no carro em que vieram e partem, sob dezenas de olhares curiosos.

Interlúdio — Terra Selvagem

A cachoeira tem cerca de trinta metros de altura, mas para a jovem mutante sulista isso não é nada. Ela salta. Deixa seu corpo seminu deslizar ao vento. Sente a gravidade puxando-a para baixo e sorri. Seu corpo quase invulnerável suportará a queda.

Quando finalmente atinge a água, mergulha fundo, permanecendo submersa até o fim da reserva de ar em seus pulmões. Então, usa seus poderes e voa para a margem. A mecha branca em seus cabelos brilha sob o sol. Ela está feliz. “É muito bom estar aqui de novo”, pensa a mutante. “A Terra Selvagem sempre me trouxe paz”.

— Lindo mergulho.

A voz masculina surge do nada, assustando Vampira.

— Quem está aí? — pergunta, sem esconder o receio em seu rosto.

— Eu — um homem alto, cabelos grisalhos, vestindo um finíssimo terno branco, levita em direção a mutante.

— O que você está fazendo aqui? — questiona, ainda preocupada.

— Procurando você, é claro.

— Por quê? O que quer de mim?

— Ajuda.

— Ajuda?

Sua ajuda. Preciso de você, Vampira. Meus inimigos estão cada dia mais fortes e eu já não sou mais o mesmo.

— Do que diabos você está falando?

— Você, acima de todos sabe muito bem. Poucos tiveram a oportunidade de me conhecer tão bem.

— Ainda não sei onde quer chegar...

— Quando você precisou de ajuda, aqui mesmo na Terra Selvagem, para enfrentar Carol Danvers, eu te ajudei.

— E, pelo que me lembro, este débito já havia sido pago naquela mesma ocasião.

— Sim. Você tem razão. Só me resta então apelar para seu senso de dever. Eu, meu povo, seu povo precisa de você. Ajude-nos, por favor.

Vampira jamais viu aquele homem se humilhando desta maneira. Sua curiosidade fala mais alto que seu senso de auto-preservação. A mutante decide embarcar numa aventura desconhecida.

— Está bem, eu topo. Mas quero que você me conte tudo que está acontecendo, fofo.

— Farei isso. A caminho de casa.

— Casa?

— Sua nova casa. Prometo que irá gostar.

Fim do Interlúdio

Mansão X — Sala de Guerra

Sentados em volta da mesa principal, Tempestade, Wolverine, Colossus, Noturno, Lince Negra, Banshee e Cable analisam seus alvos em potencial. Anjo está na enfermaria, recuperando-se da batalha que travou horas antes com os Carniceiros. Após alguns minutos de discussão, a equipe já sabe qual será seu primeiro objetivo. Tempestade toma a palavra.

— Muito bem, X-Men. Creio que chegamos a um consenso. Amanhã cedo partiremos para o Egito. Apocalipse que nos espere.

Na próxima edição: Os X-Men começam sua caçada aos seus principais inimigos, e Apocalipse é o primeiro da lista.



 
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