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Por
Alexandre Mandarino
Space
Oddity
Seus cabelos brancos
e esverdeados flutuavam no ar, placidamente, como se seu dono
estivesse mergulhado em um tanque de água. Os fios se entrelaçavam,
sem pressa, levitando no éter. À medida em que o
feiticeiro andava, os pêlos se misturavam, se embaraçavam
e desembaraçavam. O chapéu de couro de Misjg não
era bem-sucedido na tarefa de aparar todos os cachos. Tarodequi
passava então a mão sobre a testa suada, afastando
os fiapos de cabelo do seu ângulo de visão. Em sua
câmara no sagrado mundo genético de Uk, na constelação
de Escathon, ele afagava a bola de vidro mimético. E pensava:
"As vibrações ainda são curtas, mas
posso sentir que algo de muito grave está para acontecer
no córtex genético universal. Espere... e... a equipe
do engenheiro-chefe Zza está envolvida nesta trama."
Surpreso com esta nova revelação proporcionada pela
vibração da bile, saliva, catarro e humor vítreo
que flutuavam no interior do Globo-Gen, Tarodequi apressou-se
em ir para a câmara vizinha. No espaço exíguo
de menos de um metro quadrado, ele prostrou-se na posição
genéticonsagrada de Prótis e meditou.

O último sobrevivente
do universo passado olhou para a sua galeria de equipamentos meteletrônicos.
O nulificador total estava agora em um canto, escondido da vista
de todos e protegido por um campo refrator não-existente.
Um leve sinal de aprovação assombrou durante um
segundo a face do gigante púrpura e ele deu por encerrada
a inspeção de sua nave. Galactus então chamou
seu arauto:
Coprofax,
aqui.
Imediatamente,
um ser extremamente magro e recoberto por uma espécie de
massa mole e marrom entrou voando na galeria, cavalgando um globo
feito de um material macio e gotejante.
Chamô,
cheguei na hora! Tamo aí mermo pra ajudar, seu Devoradô.
Qualé dessa vez? O cara já chegô lá
na Eternidade?
Cale-se, Coprofax. Não é Lobo e sua ridícula
missão que me preocupam. Não há maneira possível
dele ser bem-sucedido. O que me faz ponderar são as possíveis
ações da Eternidade.
Dona Eternidade? Mas ela nunca vacila, seu Devoradô. Ela
é esquisita, assim, meio que baranguinha, mas a mulé
manda bem nessas parada cósmica aê.
Coprofax, silêncio. Não fale. Você me faz
ficar arrependido por tê-lo tomado como meu arauto. É
melhor você não saber o que faço quando isso
ocorre.
O arauto silenciou,
pousou seu estrumóide voador e ajoelhou-se perante Galactus,
que continuou:
O Intermediário.
Algo de muito errado aconteceu durante sua última ressurreição.
Ouso dizer que ele pode estar até mesmo manipulando a rainha
do ante-tudo.
Mas, seu Devoradô, por causa de que que o Lobo quer matar
a Eternidade?
Os motivos bestiais de sempre: ele foi pago para isso.
Mas, minha mãezinha, por todos os praneta, quem seria
tão bicil pra mode querê que o Lobo fazê isso?
Extingüir a Eternidade? Que melhor modo de obter a equação
antivida?

A nave-gen flatulava
pelo cosmos, tremendo a cada descarga. Em sua traseira, perdigotos
voavam, em um protesto inútil contra a ausência de
gravidade. Em seu interior, cinco homens permaneciam silenciosos
há horas. Finalmente, o engenheiro-chefe falou:
Bem, já
checamos 38 biroscas. E nenhum sinal da criatura. Estou, digamos,
aberto a novas sugestões.
Ao que o engenheiro-assistente
respondeu:
Bem, senhor
Zza, parece que não temos o que fazer.
O que quer dizer, cretino? Que devemos sentar e esperar a morte?
Esta conduta não faz o estilo do G.E.N.O.M.A.!
Eu tenho uma idéia, senhor! disse o nervoso 714.
Fale.
Meu primo é membro da A.L.E.I.J.A. (Associação
de Larápios, Entreguistas Interestelares e Janotas Agressivos).
Ele tem acesso a todo o checklist dos mercenários
do setor. Podemos ir até lá e verificar qual foi
a última missão de Lobo.
Onde fica essa porcaria?
Na terceira lua de Kag, senhor. A chamada "lua cinza".
Na "lua cinza"? Mas não é seguro! disse o líder.
O silêncio
que se formou deixou evidente o despropósito da declaração.
Bem... rumemos
então para Kag.

A motocicleta havia
acabado de passar por um posto avançado de defesa de Thanagar.
Ao ver quem estava sobre ela, um pelotão de nove soldados
alados abriu espaço para a sua passagem. Perdido em pensamentos
bizarros, o piloto nem se deu conta da presença dos thanagarianos.
"Eternidade, hein? Nunca matei uma piranha cósmica
antes. Vai ser difícil, mas divertido. E mais divertido
ainda se aquele cretino com cara de carranca não me pagar
o prometido".

A horas-luz dali,
uma nave prosseguia em sua infindável odisséia.
"Esta viagem parece nunca terminar", pensou Hepzibah
enquanto admirava as 1.545 luas de Tromux, o planeta-morto. "Parece
tão similar a uma cidade da Terra", comparou a mulher-gato.
Seus pensamentos foram interrompidos pela chegada de Scott Summers.
Hepzibah,
você sabe onde meu pai está?
Nos armazéns sob a ponte. Ele foi conferir nossos suprimentos.
Bem, avise a ele que fui dar uma volta.
Scott se voltou,
caminhou até a câmara de descompressão e vestiu
um traje de flutuação shi'ar. Colocou seu visor
por baixo do capacete etéreo de respiração
e ajustou o ângulo e foco de liberação dos
raios ópticos para rajadas extremamente finas, com dois
centímetros de diâmetro e média potência.
Isso imprimia um caráter mais concussivo e menos abrasador
às armas que desde adolescente se acostumara a carregar
nos próprios globos oculares.
Abriu a comporta e saiu para o espaço, uma sensação
que não lhe era pouco familiar. O jato de propulsão
pneumática lhe levou para perto de Tromux. A alguns quilômetros
da atmosfera do planeta-morto, ele parou. Ciclope observou as
inúmeras partículas sólidas que recobriam
o astro, geradas pela órbita inconstante de suas centenas
de luas errantes. Os satélites naturais do planeta apresentavam
órbitas entrecruzadas, algumas vezes quase perpendiculares,
outras vezes perfeitas paralelas. Estas estranhas órbitas
garantiam o choque entre as luas, várias vezes a cada hora.
A cada choque, as luas se desgastavam mais e mais e de tempos
em tempos novos satélites eram gerados pelos fragmentos
maiores que se desprendiam. Os pedaços que caíam
em Tromux cuidaram de, ao longo dos séculos, tornar a primitiva
vida do planeta impossível. Hoje, graças às
suas luas, Tromux era um planeta morto. O planeta-morto.
"É fascinante", pensou Scott, a uma distância
segura das órbitas. "Não é a toa que
este planeta tem chamado a atenção de diversos pesquisadores
e cientistas, pelo que Ch'od me disse". Onde Ciclope estava,
havia uma infinidade de fragmentos menores, separados das luas
com os repetidos choques e em um naufrágio eterno em direção
ao infinito. Ciclope utilizou o jato para penetrar ainda mais
na nuvem de planetóides e poeira cósmica. Ele sequer
podia ver o universo à sua volta, apenas a cor marrom da
poeira, que parecia tomar tudo.
Scott ligou seu hiper-calculador aleatório e deixou-o escanear
o ambiente. Em menos de dois minutos, o aparelho shi'ar havia
deduzido a posição exata de cada planetóide
nos próximos cinco segundos, bem como qual deles seria
o ponto focal naquele instante.
Sentindo uma emoção que não lhe era estranha,
Ciclope sorriu e deixou abrir lentamente seu visor de quartzo-rubi.
"Morda-se de inveja, Karnak", pensou no último
minuto.
Um raio óptico fino e púrpura saiu de seus olhos
sem fazer ruído e, quase no mesmo instante, atravessou
vários metros até se chocar com um planetóide.
Este se chocou com outros três asteróides, que por
sua vez esbarraram em outros sete. Em cerca de cinco minutos,
a nuvem inteira estava em movimento.
Nenhum som. Protegido em uma posição exata intuída
pelo hiper-calculador, Scott Summers se sentiu como uma criança,
torcendo em uma sinuca galáctica. Poucos instantes depois,
a nuvem inteira havia se dissipado, após a partida definitiva
de seus "membros" para o éter. Às costas
de Ciclope, Tromux e suas 1.545 luas pareciam orgulhosos.

Taquiupariu! Tá
sendo meio foda achar essa Eternidade!
E a moto acelerava,
horas depois de haver passado pelo pelotão thanagariano.
Se aquele
escroto não me deu as indicações certas,
eu volto lá e a cara feia dele é que vai ver o que
dá escrotizar o Maioral!
Foi quando
ao fundo surgiu a nave.
"Hummm...
Esses caras têm uma nave bem esquisitinha. Quem sabe eles
me dizem onde fica essa porra de 'entrada Kundalini'?".
Na nave, Ch'od
carregava algumas caixas de licor trêmulo de Gweauit quando
Sikorsky deu o aviso:
Ser motorizado
se aproxima a 49 graus. Processando informações
de multidentificação comparativa.
Corsário
se sobressaltou:
Quem é, Sikorsky?
O minúsculo
médico cibernético nada falava.
Quem é?
Finalmente,
Sikorsky se moveu:
Não
pode ser. Por quê aqui? Por quê agora?
E suas asas
de inseto o carregaram para a ponte em alta velocidade. Corsário
perguntou:
Que diabos
está acontecendo, Ch'od?
Os dois correram
atrás do médico, mas quando chegaram na ponte de
comando, Sikorsky já havia saído da nave. Hepzibah
entrou na ponte e perguntou:
Nate, acabei
de ver Sikorsky lá fora. E ele carregava uma mícron-subcutânea
megalítica.
O quê? Que você disse, Hep? Cristo, quem está
lá fora?
O rosto de
Corsário subitamente empalideceu:
E onde está
o meu filho?

Pare e identifique-se,
disse Sikorsky ao se aproximar da motocicleta espacial. O fedor
de sangue e cerveja invadiu seus sensores olfativos.
O ser parou
e olhou em volta:
Quê?
Que porra é essa? Quem tá falando?
Observe seu linguajar, viajante. Você está diante
de uma embarcação estelar e, como tal, nos deve
respeito.
Hã? Cumequié? Mas que que tá rolando? Quem
tá falando?
Aqui, ser abjeto. No seu flanco direito.
Flanco? Há!!! É... bwah-hah-hah-hah-hah-hah! É...
quaá, quá, quá! É você que tá
falando isso, sua merdinha verde? Que que tá pegando, cara?
Não visualizo a existência de graça nesta
situação. Você é o último czarniano?
Eh, eh. Sai daqui. Se liga, otário.
Sikorsky levou
um peteleco e, depois de rodopiar 17 vezes no ar, parou a alguns
metros do motoqueiro.
Muito bem,
você argüiu por isso.
A pistola mícron-subcutânea
megalítica espirrou centenas de minúsculas seringas
auto-guiadas por calor. A maioria encontrou a pele do czarniano
e as agulhas começaram a injetar um líquido quente,
com a textura de lava, em suas veias.
Ahhhhhh.
Isso dói pacas!
Espere e tudo piorará, grotesco.
Mal Sikorsky
acabou de dizer essas palavras e protuberâncias começaram
a crescer sob a pele do czarniano que, urrando de dor, ainda gritou:
Aaahahahhhhhh!
Olha... só... merda... verde.... como... estou... feliz...
ugh... em ver... você...
Subitamente,
as protuberâncias explodiram, rompendo a pele do czarniano,
que foi instantaneamente impulsionado, ensangüentado e em
alta velocidade, para o espaço distante. Ele gritou de
dor e raiva até cair em um asteróide a alguns quilômetros
de distância.
É
sempre assim quando os megalitos explodem sob a pele... disse
Sikorsky para si mesmo. Mas agora devo verificar se o ser realmente
pereceu.
O médico
agitou as pequenas asas e voou durante alguns minutos até
o asteróide. Uma nuvem de poeira marcava o local onde o
inimigo havia caído. Sikorsky ligou seus inseto-sensores
e mapeou a área. Gotas de sangue, marcas de unha no chão.
Nada mais. Onde estava o ser?
Repentinamente, o médico sentiu suas asas pararem. Olhando
para trás, viu que dedos as seguravam. Era o czarniano.
E aí,
cupim do espaço? Quer mesmo que eu me identifique?
Nesse momento,
Sikorsky ligou suas amplo-câmeras. As imagens da cena passaram
a ser transmitidas ao vivo para a ponte da nave. Ch'od viu e interrompeu
a correria:
Vejam! É
Sikorsky. Mas quem é aquele que o está segurando
pela asa?
No planetóide,
o czarniano começou a arrancar as asas do pequeno médico,
que se pôs a gritar.
E aí,
ainda quer saber, oxiúros voador?
Mais um puxão
e as asas praticamente se descolaram, permanecendo presas por
apenas um fio de pele sintética.
Quer ou não
quer? Se quer, o nome é Lobo, porra!!!!!
As asas foram
arrancadas e o czarniano logo as pôs na boca, engolindo-as.
Virou seu rosto para as câmeras que haviam saltado do corpo
de Sikorsky, que agonizava, e disse:
Uhuuuu! Quem
tá aí me vendo? Vem, putada, vem pro pau! Arrout!

Intermediário?
Sim, minha(eu) (d)ama(o)?
O ser multi-cor
se prostrou em respeito perante a musa do além-cosmos.
O ser deteve
sua aproximação por um tempo, Intermediário.
Já estou a caminho, disse o mestre das encruzilhadas,
com um sorriso.

Tarodequi sentiu
a aproximação de um insight, sob a forma
de um jorro de DNAs recém-nascidos. Ele interrompeu sua
meditação estóica e ligou o comunicador de
plasma:
Engenheiro-chefe
Zza. Tarodequi, aqui.
O silêncio
foi a única resposta. A nave-gen estava vazia.
"Onde
estão? Logo agora que vibrações de violência
corporal me mostraram o paradeiro da criatura. E saíram
da nave com outras roupas, sem seus comunicadores-aurículas.
Estarão disfarçados?".
Tarodequi voltou
para a câmara principal. Cuspiu na palma da mão esquerda
e escarrou na direita. Com um floreio, juntou as duas palmas no
ar, com um estalo.
Em nome do
Gen Sagrado e dos fluidos corporais supremos. Por ordem de Salivorr,
Medularr e Ranhorr. Que o local onde se encontra a equipe de Zza
me seja revelado!
Cortinas de
carne automaticamente selaram a única janela do recinto
e começaram a tremular. Nervos e gorduras se reordenaram
e esboçaram um canhestro mapa de um determinado quadrante
galáctico.
Por Mijorr,
o que eles estão fazendo na "lua cinza" de Kag?
Terão perdido a razão?

Scott Summers usou
o jato para retornar à nave. Esteve por mais de meia-hora
terrestre fora e redirecionou sua trajetória para que compensasse
os quilômetros que a embarcação teria percorrido
nesse tempo. Estranhamente, no meio do caminho, percebeu que a
nave dos Piratas Siderais havia viajado apenas alguns poucos metros
desde sua saída.
"E agora
parece estar parada. Estranho".
Com cautela,
desceu no pequeno aterriporto contíguo à câmara
de compressão.
Tirou o traje shi'ar e saiu para o corredor principal da nave.
O silêncio era total e as luzes estavam apagadas.
Por mais de quinze minutos, andou pela nave, que parecia um ataúde
cósmico. Ninguém estava a bordo? Seria possível?
Ao entrar na enfermaria, ouviu um estalo, vindo de seu próprio
pé. Abaixou-se no escuro e tateou. Uma massa amorfa e destroçada
estava no chão. Na escuridão, Ciclope usou um feixe
de raios ópticos extremamente tênue, que escapava
de suas córneas somente o necessário para iluminar
alguns metros. Levou as mãos para perto do rosto e examinou
o que havia encontrado.
Aaaaahhh!
Deu um grito
espontâneo e abafado de susto, surpresa e pavor. A massa
era o que havia sobrado de Sikorsky, completamente destroçado.
"Meu Deus!
Quem seria capaz de fazer isso com alguém tão pequeno
e indefeso? Felizmente, parece que o pobre Sikorsky ainda pode
ser consertado", pensou, aturdido. Acondicionou o pequeno
corpo cibernético em uma cúpula medicinal. Mesmo
desligada, ela haveria de ao menos impedir que mais alguém
pisasse no diminuto pirata sideral.
Nenhum sinal de Ch'od, Hepzibah, Raza ou de seu pai. Onde estariam?
O que teria acontecido em tão pouco tempo? O pequeno feixe
de raios ópticos lhe permitia vislumbrar que algumas paredes
da nave estavam rasgadas e destruídas. Caminhou até
o saguão dos dormitórios, o único que faltava
ser visitado. Os quartos dos Piratas estavam intocados. Finalmente,
Ciclope entrou no seu quarto.
Mais um susto.
Na escuridão, um homem musculoso e peludo estava sentado
em sua cama. Scott aumentou a potência dos feixes e pôde
ver que ele segurava em suas mãos a echarpe verde de Jean.
O ser parecia estar lambendo ou cheirando a echarpe. Seus cabelos
pontiagudos e espetados se moviam na escuridão. Finalmente,
ele disse, com uma voz baixa e rouca:
Pelo cheiro,
é uma bela potranca essa aqui, hein, ô caolho?
Ciclope duvidou
do que ouviu e perguntou, incrédulo:
L -
Logan?
O ser se levantou
da cama e se aproximou. Quando estava quase dentro do raio de
alcance da iluminação dos raios ópticos,
fez um gesto teatral e rasgou a echarpe em pedacinhos com as mãos.
Não.
Começa com L e depois vem mermo um O, mas o nome não
é esse não, ô bichona. Aqui é o Maioral
e estou muito puto por ter sido atacado por esses pregos sem nenhum
motivo. Soletra comigo pra você nunca mais esquecer, perobo:
o nome é Lobo.

Com um som que não
fez nenhum ruído, o Intermediário chegou ao quadrante
de Tromux, o planeta-morto.
Minha(o)
(d)am(o), ele está aqui. Parece que poderei ajudar a restaurar
o equilíbrio da (sua) realidade.
Ao longe, Eternidade
sussurrou nos ouvidos do Intermediário:
Faça
o que for preciso.

Os multi-sensores
de varredura quadrangular apitaram como patos. O Devorador de
Planetas olhou para as telas de macroglass e interpretou os sinais.
O Intermediário.
Ele finalmente encontrou o mercenário. Arauto! Sua hora
de agir é chegada! Vá! E não se esqueça:
o destino de Lobo é irrelevante, mesmo que ele esteja na
risível missão de aniquilar a Eternidade. Não
se esqueça, Coprofax: o alvo da missão é
o Intermediário. Se ele passar para o lado que lhe é
oposto, tudo estará perdido.
Se tu falô tá mais do que dizido, seu Devoradô.
Coprofax tá a caminho dessa parada e neguinho aê
vai vê que o lance é num deixar baratu e ninguém
se intrometê com o premero e únicu elemental do...
Cale-se e vá, Coprofax.
:: Notas
do Autor
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