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Quarteto Fantástico # 15

Por Conrad Pichler

Smallville — Parte Final
We Can Be Heroes, Just For One Day

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Lex acorda no meio de uma batalha. E vê três homens e uma mulher lutando bravamente contra todo o ambiente em que estão, as cavernas nos arredores de Smallville. A cena é incrível, se ele mesmo não estivesse ali, não acreditaria.

No centro da caverna, ele vê o dr. Victor Von Doom e, num altar, Clark Kent está deitado. O altar está incrustado de pedras verdes de meteoros.

Então, desorientado, ele corre para fora da caverna, onde encontra seu pai caído, ao lado de Martha e Jonathan Kent.

— Sr. Kent? O que aconteceu com meu pai?

— Ele está bem...

O pai adotivo de Clark agarra Lex pelo colarinho:

— Eu sabia que você tinha alguma coisa a ver com essa confusão, não vou te perdoar se alguma coisa acontecer com meu filho!

— Calma, Jonathan! — intervem a esposa do fazendeiro.

— Sr. Kent, não fui eu... meu pai trouxe um doutor da Europa... eu estava aqui para tentar saber o que eles queriam, mas...

— Mentira, filho... — ergue-se Lionel Luthor — Nós dois queremos saber o que há nessa caverna. Nós dois!

Dentro da caverna, Reed traça rapidamente um plano.

— Sue, prenda o Destino com um campo de força! — assim que sua instrução é atendida, Richards retira Clark do altar de kryptonita, enrolando seu braço no rapaz.

— Kal! Kal-El! Acorde! — diz o Sr. Fantástico, batendo de leve no rosto do jovem ainda desacordado.

— Professor Richards?! O senhor sabe meu... outro nome... mas...

— Não temos tempo para isso, Clark... precisamos de você!

Nesse momento, Susan é atingida por um raio proveniente de um dos símbolos impressos nas paredes da caverna, sobre os quais Victor Von Doom tem todo o controle.

— Susan! — grita o marido.

— Eu cuido dela, elástico... mas seja rápido! — diz o Coisa.

— Clark...

— Eu não posso... estou fraco... são as pedras de meteoro...

— Kryptonita... eu devia saber... nós precisamos tirar a chave que controla a máscara e a manopla de Doom... mas já tentamos de tudo!

— Professor... a nave que me trouxe de Krypton, ela pode disparar um feixe de luz que inutiliza a kryptonita.

— Seus poderes funcionam devido a irradiação fotônica... — conjectura o dr. Richards — Precisamos de uma fonte dessa energia... talvez, assim, inutilizaremos as forças da caverna!

Quando Reed chega a essa conclusão, Ben Grimm é arremessado contra seus companheiros. Então, Johnny entra na batalha para assegurar que Reed e Clark encontrem uma saída.

— Sim, é isso... Johnny! Prepare-se para um efeito nova!

— Mas Reed, não temos espaço! — diz Johnny, tentando desconcentrar Destino com círculos de fogo, enquanto a caverna, quase viva, dispara rajadas de energia contra o herói flamejante.

— Você vai ter que confiar em mim! — diz Reed, olhando para Johnny. E, virando-se para Clark — E você também, Kal! — ele volta-se para o campo de batalha — Johnny, prepare-se!

Susan se aproxima de Ben, desacordado, Reed e Clark:

— Sue, quando seu irmão disparar a nova, crie um campo de força para nos proteger!

— Estou fraca, queri...

— Susan, precisamos tentar... Clark, você terá apenas alguns segundos para tirar os equipamentos de Doom, entendeu?

— Sim, professor.

— Então... Johnny, agora!

— Vamos lá! Em chamas!!!

Ao gritar, Johnny libera uma energia descomunal. Sue automaticamente protege seus amigos. Mas, é em Clark que as esperanças estão depositadas. Seu corpo kryptoniano processa a carga extra de energia solar. E, assim, com sua supervelocidade, enreda Doom e tira-lhe a máscara, a luva e os equipamentos, levando-os de volta ao dr. Richards. Após ficar sem a proteção dos equipamentos, Doom é enviado de volta para a realidade que pertence.

Assim que o efeito nova se apaga, Johnny despenca do ar. Tudo chega ao fim.

— Acabou. — diz Reed, exausto.

— A kryptonita foi convertida em cristal...

— Mas, tem algo que ainda te preocupa, não é? — pergunta Susan.

— Lex e Lionel Luthor estão lá fora, foram eles quem trouxeram Doom até aqui. O que vou dizer a eles?

— Ei, guri, cê acha o quê, que tamos nesse trabalho a pouco tempo? -pergunta Grimm.

— Susan...?

— Pode deixar, querido...

Minutos depois, Reed e Sue saem com Clark da caverna.

— Clark? Cadê os outros? — pergunta Lex.

— Que outros? — disfarça o velho "professor".

— Eu os vi entrando, sr. Kent! — diz Lionel.

— Acho que meu soco na tua cara te fez mal, Lionel. — Jonathan pisca para Clark e Reed.

— Então foi você? — ele não quer acreditar.

— Eu já disse, se você e seu filho se aproximarem de minha família...

— Nossas famílias! — acrescenta Richards.

— Vocês irão se arrepender! — brada o empresário.

— Vamos, pai... mas, Clark, lembre-se que eu desci lá pra te ajudar... — conclui o jovem Luthor.

Clark fica meio decepcionado consigo, mas percebe que mentir é a única saída. E logo que os Luthor partem no carro. Susan torna visível sua família, novamente.

Mas tarde, na Fazenda Kent. No celeiro.

— Eles não vão desistir até saber toda a verdade sobre você e sua família, Reed...

— Pai, eles nem vão precisar... — Clark entra — Chloe pesquisou pra mim e não há nenhum Reed Richards, Susan Storm ou Storm Richards nos registros de nascimentos em Metrópolis, Nova York, ou qualquer outro lugar... ela ficou surpresa... acho que vocês vão para o "mural do esquisito" do Tocha!

— Chloe é uma gracinha, pena que pouco a vi nesses dias! E o jornal chamar "O Tocha" é muito legal! — diz Johnny, ainda convalescendo num sofá velho.

— Ela não parou de falar de você... — diz Clark.

— Além do Clark, você é única pessoa que conseguiu fisgar a moça... pena que vai embora... — diz Martha.

— Falando nisso, como vocês vão embora?

— Para segurança de vocês, Jonathan, é melhor não dizer mais nada sobre nós, de onde viemos, para onde vamos... não podemos alterar ainda mais o fluxo de sua realidade.... e...

— Pra quem não quer falar muito, cê é um tagarela, elástico... — diz Grimm, debaixo de um cobertor, que lhe disfarça.

— Está na hora de irmos... — diz Reed, recolhendo os equipamentos — Mas antes, Clark... aqui, sua relação com seu pai biológico parece ser complexa e difícil... mas creio que você deva ficar preparado, sobretudo com Lex Luthor. — Reed vai indo, quando: — E, durante a batalha, enquanto você estava desacordado, Doom falou um nome: "Zod". Um dia, talvez, isso faça sentido pra você.

Com uma despedida cordial, os Kent deixam o celeiro. E num raio de luz, os quatro fantásticos desaparecem. No seu rastro sobra, apenas, a chave octogonal.

Naquela mesma hora, numa realidade paralela, a "realidade zero" para esse Quarteto Fantástico:

— Chegamos! — comemora Johnny.

— Sim, talvez leve alguns dias para termos todas as memórias de volta.. e esquecer o que passamos lá... mas, fico pensando, que se Doom queria a chave octogonal, estava a procura de uma forma de destruir o Super-Homem.

— Quer saber, xará, se ele quiser isso, vai ter que passar por cima de nós! — diz Ben.

— Será que ele reteve as memórias da outra realidade? — pergunta Susan.

— Não acredito. Quando estava ligado àquela máscara e à chave, ele parecia sob domínio de Jor-El ou Zod... não sei... de toda forma, como disse o Ben, devemos ficar em alerta!


:: Notas do Autor

Trilha sonora:

1. "Heroes" (David Bowie)

2. "Sun" (Nightwish)

3. "Different Roads" (Joe Cocker)

4. "Clocks" (Coldplay)




 
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