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Vingadores # 14

Por Rafael 'Lupo' Monteiro, sobre um plot de Dell Freire

Homem de Ferro - O Exército de Um Homem Só

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As batidas cardíacas de Tony Stark aceleram. Criada para curar um problema no coração, a armadura do Homem de Ferro hoje faz Stark sentir a adrenalina pulsando nas veias, a emoção das grandes aventuras com que os homens comuns sonham todos os dias. O ritmo forte em seu peito dita a velocidade do vôo. O inimigo está na mira! Basta um comando de voz, e suas mãos liberam um raio com um pequeno pulso eletromagnético, que atinge em cheio a pick-up branca visada, fazendo-a parar no meio da rua.

O Homem de Ferro aproxima-se do solo, enquanto o motorista da pick-up tenta abrir as portas automáticas, sem sucesso. O caronista da frente protege o rosto e dá um tiro no vidro com sua pistola .45. Tenta em vão quebrar o resto do vidro da janela. A sombra do Homem de Ferro já paira sobre ele.

Ao pousar, o herói lança um raio paralisante em seus oponentes. Parece mais uma vitória fácil. No entanto, ele não percebe que outra pick-up se aproxima, e dispara um tiro de bazuca em sua direção. É tarde para fazer qualquer coisa; o tiro atinge em cheio o vingador dourado, que cai no chão. Os escudos defletores da armadura absorvem a maior parte do impacto, mas ainda assim Stark já sente dores por todo o corpo. Ouve ao longe o inimigo gritar:

— Morra, adorador de negros e judeus!

Esquecendo a dor, Stark tenta se levantar. A armadura parece ter sofrido algum tipo de dano, pois ele tenta levantar vôo e ela não obedece. Ele percebe estar na mira de seu oponente, e deve agir rápido. Tenta o pulso eletromagnético, mas a armadura não responde. Então utiliza um raio de energia concentrada, que atinge a pick-up em cheio. O automóvel sai do chão, voando cerca de 100 metros. Ele capota e cai em pé na contramão da avenida. Os automóveis deste lado da pista freiam todos bruscamente, causando pequenos engavetamentos. A pick-up consegue escapar dos acidentes, e mesmo toda amassada, acelera à toda, fugindo do local.

O Homem de Ferro consegue finalmente voar. Ele tenta imprimir a maior velocidade possível. A testa de Stark já está toda molhada de suor, e a grande energia consumida pela armadura aumenta ainda mais o calor dentro dela. Utilizando-se de um sistema de GPS instalado no visor, ele tenta localizar seus inimigos.

Ele persegue um grupo de terroristas neonazistas intitulados "Nação Ariana". Seu plano era explodir um bairro negro da cidade de Los Angeles chamado Creenshaw. Seria a primeira de muitas medidas que eles planejavam para "devolver os Estados Unidos aos seus verdadeiros donos". No entanto, no momento em que iriam começar a executar seu plano, deram o azar de cruzar com James Rhodes, amigo e braço direito de Tony Stark. Rhodes estava levando para almoçar uma bela mulher que havia conhecido duas noites atrás, e ao perceber o movimento suspeito do grupo, logo avisou a seu chefe de que o "latinha" estava se fazendo necessário. E depois também avisou a polícia, só por desencargo de consciência. Adivinhe quem chegou primeiro?

Agora Stark só se concentra em capturar seus oponentes. Sintonizado na freqüência de rádio da polícia, ele recebe pelo áudio a informação de que os terroristas da primeira pick-up acabam de ser presos. Agora falta o outro automóvel.

Stark localiza seus oponentes. Estão ainda seguindo as principais ruas da cidade, correndo a 200 km/h. Ele força a armadura, suga todas as suas energias, e passa como uma flecha pelos céus de Los Angeles. O veículo acaba de entrar em um túnel quando o herói finalmente o alcança. Usando delgados fachos de raio laser, ele fura os pneus traseiros do automóvel. O motorista acaba perdendo o controle da direção, fazendo com que o carro bata na parede do túnel, soltando faíscas. A pick-up finalmente pára, e capota mais uma vez. O Homem de Ferro, ainda em alta velocidade, chega até ela. O motorista está assustado, e o caronista está ferido, sangrando, mas nada que seja grave. O Homem de Ferro se aproxima para retirá-los do automóvel, mas o caronista ainda tentar usar a bazuca. Agindo rápido, o herói lança raios repulsores que fazem com que a arma se afaste do terrorista e venha às mãos do vingador. Vencidos, os terroristas então perdem as esperanças, e se deixam capturar.

Los Angeles, 8:30 da noite. Para a maioria dos cidadãos, é chegada a hora do descanso após um longo dia de trabalho. Mas para Anthony Stark, os negócios não têm hora certa. E hoje não será diferente. Vestindo um elegante smoking preto, com um sobretudo de mesma cor para se proteger do frio, acompanhado de sua maleta, ele se dirige à cobertura de um prédio de negócios, chamado Bussines Tower, onde o megaempresário Boris Rashinikov receberá convidados para a inauguração do edifício. Toda a alta sociedade empresarial de Los Angeles está presente na festa. O prédio possui setenta andares, com a fachada toda feita de vidros azuis-escuro espelhados, uma espécie fumê, só que de cor azul. Dois andares são reservados apenas para estacionamento. Em frente ao prédio, há uma escultura representando Atlas, o deus grego que carregava o mundo nas costas.

— Boa noite, Stark! — diz sorridente Boris. Ele possui estatura mediana, 40 anos, totalmente calvo. Usa um óculos de aro fino e veste também smoking. Possui origem latveriana, e muitos dizem que ele é o financiador da pequena oposição na Latvéria ao seu ditador com mão de ferro, Victor Von Doom.

— Boa noite, Rashinnikov. — responde Stark. Ambos apertam as mãos. A seguir, Stark tira os óculos escuros e coloca-o em um dos bolsos internos de sua roupa.

— Como vão os negócios?

— Vão indo bem. Bonito o seu prédio. Se eu já não tivesse minhas indústrias sediadas aqui em Los Angeles, certamente seria aqui que abriria um escritório na cidade. — diz Stark, tentando ser agradável. Apesar de o prédio ser realmente bonito.

— Bondade sua! Bebe algo?

— Apenas água, por favor.

— Pois já irei pedir que o sirvam! Aproveite a festa, meu caro!

E Stark aproveita. Lá ele encontra vários parceiros de negócios, muitas ex-amantes, enfim, o que não lhe falta é gente para colocar o papo em dia. Às dez horas, Boris Rashinikov pede a atenção de todos, para agradecer a presença. Em meio a aplausos, ele começa:

— Senhores, quero a agradecer a todos por estarem aqui. Todos sabem que possuo negócios variados, sempre estou viajando pelo mundo. Mas chega uma hora em que um homem tem que escolher seu lar, e a minha hora chegou. E Los Angeles é a cidade que escolhi! Ainda lembro da minha infância na Latvéria, quando...

Neste instante, o discurso é interrompido, pois as luzes do prédio se apagam. Um grupo de treze homens encapuzados, vestindo roupas pretas, invade o salão. Todos estão armados com metralhadoras uzi, e também com granadas de mão presas em suas cinturas. Os convidados logo se apavoram, e começam uma correria. Um dos invasores, que parece ser o líder, dispara uma rajada de tiros para o alto, e grita:

— Calma! Calma! Preciso da atenção de vocês! Nós fazemos parte do grupo Latvéria Livre, e estamos aqui para protestar quanto ao descaso com que a ONU e as grandes potências tratam a democracia em nosso país. Vocês serão nossos reféns. Comportarem-se, e ninguém sairá machucado daqui.

A multidão se acalma, e a luz volta ao recinto. O que ninguém percebe é que a festa está com um convidado a menos: Anthony Stark não está mais entre eles.

Hierro Castañeda é filho de imigrantes mexicanos, mais um no meio de tantos que tentam a vida em condições dignas no grande vizinho do norte. Possui forma quase atlética, é alto, sua pele é morena, e um vasto bigode chama a atenção em seu rosto. Depois de ficar seis meses desempregado, conseguiu trabalho na segurança da Bussines Tower. No entanto, depois da noite de hoje, ele não sabe se agradecerá a Deus pelo emprego que obteve.

Seu colega Vlad, imigrante latveriano, acaba de chegar. Vlad é loiro, pele branca, também é alto. Eles irão dividir o turno da noite na portaria.

— Boa noite, Vlad!

— E aí, Hierro, tudo beleza?

— Parece que a noite hoje vai ser agitada, hein?

— Mais do que você imagina! — Vlad saca sua pistola .45 e aponta para Hierro.

— O que é isso? Você tá louco, cara?

— Por favor, não quero te machucar, mas o farei se for preciso. Desligue os alarmes do prédio, por favor!

— Você vai assaltar o prédio? — pergunta Hierro, trêmulo, obedecendo a seu até então colega de trabalho.

— Não, meu amigo! Isso é para garantir o futuro do meu país!

Os alarmes são desligados, e um grupo de 25 homens vestidos de preto, das botas às luvas, entra no prédio. O líder se aproxima de Vlad.

— Muito bem, companheiro! Agora feche todas as entradas do prédio.

— Sim, senhor! — diz Vlad. A seguir, com a arma apontada para a cabeça de Hierro, eles vão até a portaria do prédio, e fecham todas as entradas.

— Vamos repassar o plano. — diz o líder para o grupo — Quinze de nós irão subir. Treze entram na festa, enquanto os outros dois ficam de fora vigiando a retaguarda. Os dez restantes ficam aqui embaixo. Dois irão apagar as luzes no momento em que chegarmos lá, e serão avisados deste momento pelos outros, que ficarão aqui no portaria com o segurança. Lembrando que os demais seguranças do prédio estão todos conosco, sejam nossos compatriotas, sejam nossos contratados. Em caso de qualquer problema, eles irão nos avisar. Pela Latvéria!

Pela Latvéria! — todos respondem, levantando os punhos direitos fechados.

O grupo de quinze membros sobe até a cobertura pelo elevador, e assim o plano elaborado e preparado por meses começa a ser posto em prática.

Os convidados são reunidos no centro do salão na cobertura, e ficam sentados juntos, sendo vigiados pelos terroristas. Seu líder, cujo codinome na missão é Alfa, chama Boris Rashinikov e o faz ligar para a polícia. Rashinikov disca os números 9-1-1, e começa o diálogo:

— Emergência. Em que podemos ajudar?

— A-aqui é Boris Rashinikov, o empresário. Hoje estou inaugurando um novo empreendimento, e terroristas tomaram a mim e a meus convidados como reféns! O líder quer falar com vocês! — Alfa pega o telefone das mãos de Rashinikov e passa a falar com o policial.

— Aqui é Alfa, sou o líder da organização "Latvéria Livre". Este é um ato de protesto contra o descaso que o mundo tem com o povo latveriano. Exigimos que a ONU tome uma posição condenando a ditadura instalada em meu país! E exigimos também a libertação do líder da oposição latveriana, Nicolai Gruchenko, em 24 horas, ou os reféns serão todos mortos! — ele diz, energicamente.

— Senhor, calma! Os reféns são inocentes, poupe a vida deles. — responde o policial do outro lado da linha.

— O nosso recado está dado, façam-no chegar a quem deva ouví-lo.

Alfa desliga o telefone. Um dos terroristas o procura com uma notícia ruim.

— Senhor, um dos convidados sumiu.

— Como assim?

— Checamos a lista de convidados presentes e um deles está faltando. Não sabemos ainda quem.

— Droga! Chame mais um homem e vasculhem o andar atrás dele.

Os dois saem do salão principal, e procuram o convidado perdido. Os banheiros são vasculhados, e apenas um smoking é encontrado. Todos os demais recintos da cobertura são revistados, e ninguém é visto. Até que um deles ameaça desistir da procura:

— Saco! Acho que contaram errado.

— Continue procurando, ele não pode ter sumido.

— É... vai ver ele se jogou daqui de cima. Deixa eu dar uma olhada...

O terrorista olha para baixo e perde a fala com o susto que toma. Um homem vestido em uma armadura dourada levanta vôo, até chegar na altura de seu rosto. O terrorista é atordoado por um feixe de raios repulsores concentrados. O outro se vira para trás, e ao ver o inimigo prepara-se para atirar com sua uzi. No entanto, antes que aperte o gatilho, um raio de calor derrete sua arma, o que o faz largá-la com um grito de dor. O homem na armadura voa rapidamente em sua direção, e com um leve soco faz seu oponente desmaiar. É o Homem de Ferro que entra em ação.

Usando seu comunicador, o Homem de Ferro entra em contato com James Rhodes.

— Rhodes, você está aí?

— Claro, chefia. Já vi na TV que você está em apuros, e estou me dirigindo pro local com a segurança.

— Pode me passar o que está acontecendo?

— Os terroristas são latverianos, e estão exigindo a libertação de um de seus líderes, Nicolai Gruchenko.

— Obrigado, Rhodey. Vou esperar você chegar para agir.

Enquanto espera os reforços, o Homem de Ferro rapidamente se conecta ao sistema de informações dos Vingadores. Ele descobre que Nicolai Gruchenko é o grande líder da oposição a Victor Von Doom. Ele está preso em uma cela solitária no único presídio do país. Gruchenko ganhou o prêmio Nobel da paz antes de ser preso, e esse é o único motivo pelo qual Von Doom não o matou — não atrair demasiada atenção à causa de libertação da Latvéria. Ele está condenado à prisão perpétua, acusado dos crimes de distúrbios da paz, divulgação de material subversivo e planejamento de regicídio.

A seguir, o vingador dourado procura uma câmera de segurança do prédio. Seu objetivo é conectar-se ao sistema para ter uma idéia do que se passa na cobertura. Para isso, usa um indutor de imagens para que fique igual a um dos terroristas. Ele caminha em direção às escadas, e encontra com um dos homens que está cuidando da retarguada. Este pergunta ao Homem de Ferro algo em latveriano, e o herói não compreende. Stark finge que não escutou a pergunta, imediatamente, liga seu tradutor universal, e pede para que seu interlocutor repita a frase.

— Achou o cara que tinha sumido?

— Ainda não, vou procurar lá embaixo! — responde o herói.

— Pode ter certeza de que por aqui ninguém passou.

— Eu sei, mas ordens são ordens.

— OK, vá, então.

O Homem de Ferro segue pelo corredor até chegar às escadas. Lá, encontra uma câmera de vigilância, e a conecta em sua armadura, através de um slot existente na palma de sua mão esquerda. A seguir, conecta sua mão direita no fio que a liga ao sistema, e procura câmera por câmera para saber quantos terroristas terá de enfrentar. Quando termina esta longa tarefa, Rhodes ativa seu comunicador.

— Chefia, acabamos de chegar!

Em poucos minutos, o prédio é cercado. A polícia ocupa toda a rua em frente ao prédio. A imprensa também está presente. E James Rhodes pensa em como irá entrar no prédio sem ser visto. Ele está estacionado com sua van na esquina da avenida onde se localiza o Business Tower, olhando com um binóculo para o que se passa em frente ao prédio. Junto dele, uma equipe de segurança paga pela Stark Enterprises.

— E aí, chefe, como iremos entrar? — pergunta Sam Dwyer, o chefe da segurança da Stark Enterprises. Ele é um homem alto, careca e com um cavanhaque. É extremamente forte, e possui várias tatuagens nos braços.

— Pois é, todas as entradas estão cercadas. Menos uma.

— E qual seria?

— O esgoto!

— Droga, já vi que hoje vou ficar no zero a zero com a patroa. — diz Dwyer, sarcasticamente, enquanto prepara sua equipe para descer, providenciando trajes especiais para a situação.

Enquanto isso, James Rhodes se comunica mais uma vez com Tony Stark.

— Chefia, aqui é o Rhodes outra vez.

— Oi, Rhodey. O que é agora? — responde Stark.

— O prédio está cercado, teremos que entrar pelo esgoto. Você pode mandar um mapa da rede de esgoto da cidade para meu e-mail?

— OK, me dê um minuto.

Stark acessa de sua armadura os arquivos dos Vingadores mais uma vez em busca do mapa. Em pouco tempo o encontra e o envia para o amigo. Rhodes imprime no laptop acoplado à van, e se prepara para invadir o prédio.

Enquanto isso Stark, ainda com o indutor de imagens, aproxima-se dos terroristas que estão vigiando a retaguarda.

— E então, achou alguém lá? — pergunta um deles.

— Nada, pura perda de tempo. — disfarça Stark. Ele põe a mão no ouvido esquerdo, e aciona uma proteção auricular. A seguir, faz sua armadura emitir uma freqüência que afeta o equilíbrio dos terroristas, que logo caem no chão. Depois, um clarão é emitido de sua armadura, cegando momentaneamente seus oponentes. Atordoados, eles nem percebem suas armas derreterem em suas mãos, fruto de uma emissão de calor.

— Desgraçado! — um dos terroristas consegue pensar, e pega uma granada, jogando-a na direção do Homem de Ferro. Uma explosão ocorre, mas a armadura automaticamente aciona um campo de força que evita maiores danos. Em seguida, o herói usa seus raios repulsores para atirar o terrorista resistente contra a parede, com força suficiente para desacordá-lo.

No entanto, a explosão faz um bom estrago na cobertura. Algumas paredes são derrubadas, e o sistema antiincêndio do prédio entra em ação, molhando todos os presentes no salão. Os demais seqüestradores percebem que há algo errado. Alfa logo manda seus companheiros ficarem de olho nos reféns.

— Alguém está tentando salvar vocês do jeito errado. — afirma Alfa.

— Todos sabem que eu sou tão contra Von Doom quanto vocês! — intervem Boris Rashinikov. — Tenho certeza de que tudo irá se resolver...

— Cale-se! Tenho informações de que você na verdade é apenas um testa-de-ferro de Von Domm. Se alguém for executado, você será o primeiro, desgraçado! — exalta-se Alfa, apontando sua metralhadora na direção do empresário — Agora você vai ligar pra polícia e perguntar que merda foi essa...

O Homem de Ferro aciona seus jatos plantares e entra no salão voando à toda. Antes que os terroristas possam pensar em algo, o herói dispara de suas manoplas espinhos embebidos em um poderoso anestésico. Utilizando-se da mira automática, ele acerta os terroristas, que aos poucos, desmaiam. Por fim, pousa em frente aos reféns, encarando o líder de seus oponentes.

— Desista, ninguém irá morrer hoje! — a voz metálica do Homem de Ferro consegue se fazer imponente em meio à bagunça.

— Sempre tem que aparecer um super-fantasiado, não é? Por que você não faz algo de útil e vai libertar meu líder, ou destituir Von Doom do trono? — pergunta Alfa, em um tom sarcástico.

— Não gosto de Doom, mas não é assim que a banda toca, amigo. Concordo com sua posição, mas você está usando os métodos errados.

— E qual é o método certo? Implorar para a ONU, ou para vocês, fantasiados, que vão enrolar o máximo que puderem para fazer algo que realmente resolva? Prefiro matar alguns americanos; é o jeito mais fácil de conseguir a atenção mundial.

Alfa engatilha a uzi. O Homem de Ferro voa até ele, e recebe alguns tiros na sua armadura. Um campo de inércia impede que as balas ricocheteiem, fazendo-as parar no ar e depois pousaram suavemente no assoalho. O Homem de Ferro fica cara-a-cara com Alfa, e arranca a metralhadora de sua mão. A seguir, um raio paralisante impede o latveriano de fazer qualquer outra coisa.

— Chefia, tudo resolvido aqui embaixo. Mas vou querer receber um bom extra por ter andado no esgoto! — Rhodes utiliza o comunicador pra avisar que sua parte na missão foi cumprida.

A polícia logo entra no prédio, e prende todos os terroristas. Os reféns são tratados pelos médicos, mas nenhum deles sofreu ferimentos sérios. A seguir, a polícia toma os depoimentos habituais. Tudo parece ter sido resolvido.

Mas, ao voltar pra casa, Anthony Stark não deixa de pensar no quanto Alfa está certo. Será que não chegou a hora de os super-heróis fazerem valer seus poderes e habilidades para realmente construirem um mundo melhor? É com esses pensamentos na cabeça que Stark cai no sono. As respostas irão aguardar o nascer de um novo dia.


No próximo número: Vingadores — The Borderline, o fim dos Vingadores como os conhecemos e o início de uma nova saga. Não perca.



 
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