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Vingadores # 26

Por Robson Costa, sobre um plot de Conrad Pichler & Robson Costa

As Tropas Vingadoras — Missão: Gotham City (*)
Parte II

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Batman e Capitão América encaram-se. O silêncio é pesado, até solene. Por fim, sem nenhuma palavra, Steve Rogers coloca seu escudo no chão, enquanto Bruce Wayne desafivela o cinto de utilidades. Até esse momento, os Vingadores acompanhavam à distância o embate silencioso entre os dois heróis, mas, ao perceberem as intenções deles, todos sabem que o confronto é inevitável.

— Steve, não! — grita Vespa, correndo na direção deles, logo seguida por Rage e pelo Cavaleiro da Lua.

De repente, uma motocicleta surge pelo beco e se interpõe entre a Tropa Vingadora e os dois heróis. O piloto é o Asa Noturna:

— Esperem! Isso deve ser decidido entre eles.

— O que você está dizendo? — pergunta Vespa, como quem não acredita nos olhos e nos ouvidos.

— O Asa Noturna está certo... — fala Robin, saindo do esconderijo do Crocodilo Assassino.

— Isso é uma luta sem sentido, menino. — diz Vespa, em concordância com o Cavaleiro da Lua que se aproxima da dupla gothamita.

— Acredite, Vespa, eles precisam se entender... E ninguém melhor do que os próprios para dar sentido a uma luta banal... — completa Dick Grayson, o primeiro Robin em sua nova identidade mais obscura.

— Eu não acredito que Batman pense assim... — fala Janet Van Dyne.

— Jan, acho que o Capitão e o Batman precisam conversar... de um jeito que qualquer palavra seria pouco para dizer algo de útil...

Um tanto a contragosto, os Vingadores ficam resignados e voltam suas atenções para o Capitão América e Batman, já despojados de armamentos e de qualquer outro adereço.

Tim Drake aproxima-se de Dick Grayson:

— Bárbara conseguiu entrar em contato contigo, ainda bem, 'cê tava fazendo falta...

— E você, como está?

— Acho que quebrei alguma costela, mas eu agüento.

Batman e Capitão América preparam-se para a luta: Há um novo momento silencioso, agora para preparar a estratégia do primeiro golpe. Assim, sem som externo ou sinal, o Cavaleiro das Trevas ataca o Sentinela da Liberdade. Steve Rogers desvia-se do soco e acerta uma forte cotovelada no meio das costas de Bruce Wayne, que cai. O vingador se posiciona, mas Batman lhe aplica uma rasteira, o derrubando também.

Rapidamente, os dois se põem de pé e lançam-se em uma violenta troca de golpes, entre jabs, ganchos, intercalados por golpes de artes marciais. Steve Rogers tenta aplicar um direto de direita, mas Batman segura o seu braço e o joga contra uma das paredes do beco. O choque é violento e o vingador fica grogue por alguns instantes. Batman aproveita para tentar acertar outro golpe. Steve Rogers, percebendo a aproximação do vigilante, aplica-lhe um chute na altura do peito, lançando o Batman contra a parede oposta. Os dois heróis aproveitam o breve momento de igualdade e recuperam o fôlego, olhos nos olhos, arfando... Mas, logo, se lançam numa nova seqüência de golpes. A luta se encaminha para um empate. Apesar de ser mais forte que Batman, Capitão América reconhece a excelência do adversário pela rapidez e diversidade de estilos de luta que ele emprega.

Porém, talvez cansado pela duração da luta, talvez devido ao uso constante do escudo, Steve Rogers, ao tentar dar um soco em Batman, faz um movimento muito mais amplo com seu braço. Bruce Wayne aproveita-se e, rapidamente, aplica uma seqüência de golpes na altura do plexo solar, comprimindo uma combinação precisa de nervos. Na mesma hora, o Capitão América fica paralisado, perde a força nas pernas e cai.

— Não! — grita Janet Van Dyne — Chega! Esta loucura já chegou ao seu limite!

Usando seus poderes de Vespa, ela diminui de estatura e alça vôo na direção da luta, ficando entre os dois combatentes. Ao se aproximar do Capitão América, ela retorna ao seu tamanho normal e passa a verificar o estado de saúde do vingador. Rage e Cavaleiro da Lua também correm na direção de Steve Rogers. Asa Noturna, então, aproxima-se de Batman e cochicha no seu ouvido.

— Bruce, tenho que concordar com ela! Isto não vai levar a nada.

Batman nada diz. Pega o seu cinto e o veste de novo.

— Ele se recuperará logo — fala. — Agora saiam da minha cidade.

— Não! — fala Capitão América, recuperando aos poucos a força. — Continuaremos em Gotham até o final da nossa missão.

— Sua força rivaliza com sua teimosia... Então, que seja, Capitão. Mas tenha certeza de uma coisa: Gotham é muito diferente de tudo o que você já viveu. Ela não é apenas mais uma cidade com altos índices de violência e vocês descobrirão isso. Eu não estarei por perto para lembrá-los disso...

Batman dispara um dos seus arpões e é içado para o alto de um prédio, enquanto Asa Noturna parte em sua moto, levando o Robin.

Rage auxilia Steve Rogers a se levantar e a Tropa Vingadora decide retornar a delegacia central da Polícia de Gotham City.

— Chefe! — avisa um dos capangas a Pingüim — É o Lawton no telefone.

O pequeno criminoso atende na sua linha protegida.

— Gwacc! Espero que você tenha boas notícias para mim.

— Já está tudo ajeitado, Cobblepot. Amanhã, não haverá mais Tropa Vingadora em Gotham City.

— É do jeito que 'tô te contando, detetive.

Harvey Bullock anota as informações ditadas por Fuinha, um conhecido delator do submundo. Foi o Fuinha que havia passado o endereço do esconderijo do Crocodilo e, agora, ele traz mais uma informação quente.

Bullock vê pela janela da sua sala os Vingadores retornarem da sua missão, trazendo Croc e os seus homens presos.

— Espere aqui — ele diz para Fuinha e sai da sala. — Capitão?!

Steve Rogers e os Vingadores olham na direção do grito de Bullock. O detetive aproxima-se dos heróis, esbaforido pela curta corrida, mas sem largar o charuto fedorento que traz na boca.

— Capitão, tenho informações quentes sobre uma nova investida do Pingüim...

Capitão e Vespa acompanham o detetive até a sala de interrogatório, enquanto Rage e o Cavaleiro da Lua cuidam da prisão da quadrilha do Croc.

— Muito bem! — fala o vingador para Fuinha — Que informações você tem?

Fuinha engole em seco com a presença do Capitão América, mas logo fala tudo:

— O Pingüim ficou muito puto com a perda do carregamento de hoje... ele-ele se comprometeu com várias famílias... quadrilhas da cidade... 'tá todo mundo ameaçando ele, por isso, o safado teve que encomendar uma nova carga que chega hoje à noite... sacumé, ele 'tá desesperado. Principalmente, desta droga nova: a tal de pérola...

— Com este carregamento, podemos até prender aquele passarinho esquisito. — fala Bullock.

— Concordo, detetive. Muito obrigado pelas suas informações, senhor.

Steve Rogers sai da sala, acompanhado de Vespa, enquanto Bullock pega mais detalhes com o informante.

Enquanto isso, os Vingadores descansam. Capitão afunda-se em uma poltrona numa sala reservada pelo Comissário Gordon. Janet retira sua máscara e passa a cuidar dos ferimentos no seu rosto. Logo, todos os membros da Tropa Vingadora se reunirão para traçar uma estratégia da nova missão.

— Aquela briga com o Batman foi totalmente sem propósito, Steve.

— Eu sei. Mas... Ele é um guerreiro, eu sou um soldado... esse é o nosso jeito de respeitar as qualidades do adversário...

— Eu juro que não entendo, Steve...

— Eu sei, Jan... Eu sei...

Na batcaverna, Batman dirige-se a seu computador. Rapidamente, digita alguns comandos. A tela do monitor exibe o mapa de Gotham City e um determinado ponto aparece piscando. Ele sabe que aquele ponto refere-se à delegacia de polícia.

— Humm, agora, não haverá mais surpresas! — fala consigo.

Fuinha sai da delegacia, contando dinheiro que recebeu como prêmio por informar sobre o navio do Pingüim. Ele não anda meia quadra, quando, de repente, dois homens o puxam para o meio de um beco. Lá estão o Ventríloquo e Scarface. O boneco de madeira vira o seu rosto na direção do delator.

— Então, seu dedo-duro? Fez exatamente como nós mandamos? Ou vou ter que fazer um exame de próstata em você? — a criaturinha mostra sua metralhadora negra.

— 'Xá comigo, seu Scarface — fala o delator — Eles 'creditaram em tudo o que falei.

— Ótimo! Ótimo! — diz o boneco.

O Ventríloquo retira uma quantia de dinheiro do bolso interno do seu paletó, entregando a Fuinha.

— Agora, preste gastante atenção — continua Scarface — Pegue este dinheiro e suma de Gotham para sempre. Você já não tem uma fama goa com os gandidos, agora tamguém não terá crédito com os tiras.

Fuinha balança a cabeça, concordando com o boneco. Ele coloca o dinheiro recebido no bolso e some para dentro do beco sem olhar para trás.

Porto de Gotham

Os Vingadores observam o trabalho dos estivadores, descarregando o navio indicado por Fuinha. Há outros homens fortemente armados pelo cais, o que corrobora as informações passadas.

— Isto está parecendo até um déjà-vu... — comenta Rage. — Mais um porto, numa noite de névoa, heróis sem dormir...

— Provavelmente, chegou nosso momento, Rage... — comenta o Cavaleiro da Lua observando os movimentos do Capitão.

— Preparem-se... — recomenda a Vespa, enquanto o Capitão América se aproxima de um rebordo, prepara-se para saltar e grita:

— Avante, Vingadores!

Dois minutos. A ação foi muito rápida, como na missão anterior. E todos os bandidos estão desarmados e presos. Rogers se aproxima de um dos caixotes descarregados e o quebra, usando o seu escudo. Mas, para sua surpresa, em vez de armas, munições ou tóxicos, dentro da caixa escorre areia, apenas.

— Protejam-se, Vingadores! É uma armadilha! — grita Steve Rogers.

Na mesma hora, pistoleiros surgem do alto de vários armazéns e começam a disparar contra os heróis. Instintivamente, o Capitão ergue o seu escudo e protege a si e a Vespa, que está no seu tamanho diminuto sobre o ombro do comandante. Rage lança-se na direção dos armazéns, valendo da sua invulnerabilidade. Marc Spector dispara um arpéu num dos guindastes e é içado para alcançar os atiradores. Porém, antes de atingir o seu intento, um tiro certeiro corta a corda onde o vingador estava, e ele cai sobre algumas caixas, ficando desacordado.

Rage vê a queda do amigo, porém recebe um golpe forte nas costas e na nuca, que o faz se chocar contra um guindaste. Tonto, ele reconhece o seu atacante: o Mamute.

Capitão e Vespa lançam-se ao ataque após presenciarem tudo. De repente, um bumerangue surge e, antes que Janet pudesse desviar, corta suas asas. A dor é tamanha, que Janet retorna ao seu tamanho normal, enquanto solta um grito de dor.

— Jan! — Capitão América vai a auxílio da companheira, quando surge um novo atacante, que com um preciso golpe, tira o escudo das suas mãos.

No alto dos containeres, o Cavaleiro da Lua se recupera e vê Rage lutando contra Mamute, enquanto o Capitão América luta contra Lady Shiva. Vespa encontra-se caída. Spector decide socorrer a colega, quanto um tiro lhe acerta pelas costas. O herói vira-se na direção do disparo e reconhece o autor: Floyd Lawton, o Pistoleiro. O vilão sorri e dispara uma saraivada de tiros que acertam Spector. O herói cambaleia e cai dentro d'água.

— Você tira a diversão de todos, Lawton — fala o Capitão Bumerangue.

— Não reclama, australiano, e termina logo com isso.

George Harkness sorri e lança um dos seus bumerangues especiais. O artefato sobrevoa o local da luta e começa a emitir uma freqüência sonora ensurdecedora para os ouvidos desprotegidos dos Vingadores, mas não para os vilões. Mamute aproveita e joga uma empilhadeira contra Rage. Shiva aplica um golpe certeiro e nocauteia o Capitão América. Vespa desmaia por causa da dor.

— Eu poderia dar cabo do Capitão América sozinha! — fala a lutadora marcial.

— Eu sei, Lady Shiva — fala o Pistoleiro -, mas queríamos garantir a vitória. Aqui está o seu dinheiro. Aqui está o seu também, Mamute. — Lawton distribui as valises.

— É só isso? Acabou?

— Que mais você quer, Mamute, uma fanfarra? — ironiza o australiano.

— Está ótimo...

Assim, Shiva e Mamute partem. Já haviam cumprido a sua parte no contrato. Os capangas prendem os heróis.

— E o Cavaleiro da Lua? — pergunta Capitão Bumerangue.

— Este já virou comida de peixe! — fala Pistoleiro, enquanto acende um cigarro.

Logo todos embarcam em vans e partem, levando os Vingadores desacordados. Logo, o silêncio cai novamente no porto. De repente, borbulhas aparecem na superfície calma do mar e, logo, surgem Batman e Cavaleiro da Lua. Os dois estão usando aparelhos de respiração, que os permitiram ficar submersos durante toda a luta. Marc Spector está desacordado. Ele perdeu muito sangue. A batlancha surge sob o cais, comandada pelo controle remoto do cinto de utilidades. Batman embarca o vingador ferido. A lancha desaparece.

Leslie Thompkins sobe as escadas que a levam do seu consultório para um pequeno apartamento que mantém em cima da sua clínica. O dia tinha sido desgastante. Com Vingadores ou não, Gotham continuava uma cidade violenta e ela tinha tido muito trabalho hoje. Ela entrou no apartamento e, quando acendeu a luz, deparou-se com o corpo ensangüentado do Cavaleiro da Lua no seu sofá. Colocando as mãos na boca, ela segura o grito prestes a sair.

— Desculpe-me, Leslie. Mas, você foi a única pessoa que lembrei para tratar dele. — fez-se ouvir uma voz soturna, vinda de um canto da sala que continuava na escuridão. — Eu já fiz os primeiros socorros, mas o estado é grave...

Leslie conhecia muito bem o dono da voz e percebia o tom amedrontador que ele impunha nela. Ela olhou na direção da voz e apenas vislumbrou dois olhos na escuridão.

— Quem é ele? — ela perguntou.

— Ele se chama Cavaleiro da Lua. É um dos Vingadores que veio com o Capitão América para combater a violência de Gotham.

— O que aconteceu com ele? — Leslie já havia controlado o espanto inicial e começava a examinar o vingador.

— Os Vingadores foram vítimas de uma cilada armada pelas quadrilhas da cidade. O Cavaleiro foi alvo de vários disparos do Pistoleiro. Ele caiu na água. Não pude chegar a tempo de salvá-lo dos tiros, mas consegui que ele não se afogasse. Aparentemente, nenhum órgão vital foi atingido, mas ele perdeu muito sangue.

Leslie pressionou um botão de um intercomunicador que estava em uma mesinha perto do sofá.

— Sim, doutora? — responde a enfermeira plantonista.

— Margareth, prepare o centro cirúrgico. Tenho aqui em meu apartamento uma vítima de tiroteio.

— Imediatamente, Leslie.

A enfermeira desliga. Leslie vira-se para conversar com Batman, mas ele já havia saído. Toda noite ela reza por ele, para que nunca o encontre na mesma situação de Marc Spector.

Da rua, Batman acompanha a movimentação do apartamento de Leslie Thompkins. Ele sabe que o Cavaleiro da Lua está em excelentes mãos e que será salvo. A sua preocupação são os outros Vingadores. O batmóvel já o espera. Ao entrar, ele liga o rastreador e, em poucos segundos, uma pequena tela de LCD mostra a localização do Capitão América. A luta entre ele e o Capitão serviu muito bem como subterfúgio para que ele escondesse um pequeno sinalizador no vingador. E, agora, ele é a única chance que a Tropa Vingadora tem.

Steve Rogers acorda. Ainda está zonzo, seja pelo efeito do bumerangue sônico, ou pelo golpe aplicado pela Lady Shiva. Ao poucos, a sua visão vai tornando-se cada vez mais nítida. Ele percebe que está fortemente acorrentado a uma espécie de alvo e, em outros alvos, estão Vespa e Rage. "Onde está o Cavaleiro da Lua?", tenta se lembrar, até que flashs da luta do cais o recordam de ver o companheiro levando uma série de tiros e caindo dentro da água. Por um momento, Bucky vem à sua mente também. Rogers não gosta de perder um companheiro de luta, desde a morte do jovem no final da Segunda Guerra. "Cavaleiro, tenha certeza de que você será vingado", promete silenciosamente o líder dos Vingadores.

Palmas chamam a atenção dos heróis. Defronte deles, estão Pingüim, Duas Caras, Ventríloquo, Pistoleiro e Capitão Bumerangue, além de vários capangas das quadrilhas de Gotham City.

— Gwacc! — grasna Oswald Cobblepot — É um prazer conhecer pessoalmente uma lenda da Segunda Guerra, Capitão. Pena que estejamos em campos opostos. A sua Tropa Vingadora me causou muitos prejuízos, como também aos meus associados. Por isso, nós decidimos mandar um recadinho para Washington: NÃO SE METAM NUNCA MAIS EM GOTHAM CITY!

Armas surgem nas mãos dos capangas. Steve Rogers reconhece alguns modelos como experimentais e que estão passando por testes secretos na própria SHIELD.

— Eu sei que você deve estar achando o armamento um pouco pesado, mas o seu amigo Rage tem uma pele muito dura. Gwacc! Hahahahaha!

De repente, objetos quebram as janelas do pequeno prédio, e soltam uma densa cortina de fumaça.

— Gwacc! O que é isso? O que vocês estão esperando? — grita o Pingüim — Atirem!

Os bandidos começam a disparar sem precisão, afinal eles não sabem onde estão os seus algozes. O barulho é ensurdecedor. Depois de vários minutos, os bandidos param. A fumaça começa a se dissipar. E percebem que os Vingadores haviam sumido.

— Pistoleiro! Capitão Bumerangue! Nos protejam! — ordena agora um assustado Pingüim, fugindo por uma porta lateral, seguido pelo Duas Caras e o Ventríloquo e o inseparável Scarface.

O escudo do Capitão América surge e derruba vários dos capangas. Logo, o vingador e Batman saltam do alto e atacam os restantes. Capitão Bumerangue prepara-se para jogar um dos seus artefatos, quando vê a Vespa ao seu lado.

— Você me causou muita dor, Harkness! Mas agora vou te mostrar o que é dor de verdade.

Janet Van Dyne dispara o ferrão com a maior intensidade que pode. O vilão tem várias convulsões e espasmos, até que cair desacordado. O Pistoleiro mira na direção da vingadora, que agora está fraca, mas um batrangue surge e o envolve com uma corda. Jan balança a cabeça, agradecendo ao Batman. A luta contra os capangas durou pouco tempo, devido à combinação de forças do Capitão América, Batman e Rage.

— Comissário Gordon — Vespa entra em contato com o chefe da polícia, através de um rádio -, precisamos de alguns policiais e camburões. Nós estamos...

— Batman, obrigado pela ajuda... — começa a falar o Capitão América, mas Bruce Wayne já havia sumido — Para onde ele foi?

— Não se preocupe, Cap — fala Rage -, ele sabe que você é grato.

No outro dia, Steve Rogers está no telhado do prédio da delegacia e observa toda a extensão de Gotham.

— Nós já vamos embora.

— Sua missão já terminou? — fala uma voz às suas costas.

— Não. — responde o vingador, virando para ficar de frente para Batman e jogando para ele um pequeno aparelho, que Bruce Wayne reconhece ser o seu sinalizador. — Apenas percebi que não estávamos preparados para ela. Reconheço que você faz um bom trabalho por aqui. Novamente, obrigado por nos ter resgatado e por dar tratamento ao Cavaleiro da Lua.

— Leslie Thompkins é uma excelente médica. Em pouco tempo, ele estará recuperado.

— Espero que na próxima vez que nos encontrarmos seja em melhores condições.

— Não se sinta derrotado, Capitão! Gotham não é uma cidade como as outras. Ou você a domina ou é dominado. Apenas isso.

Sem dizer mais nada, Batman dispara um arpéu para um outro edifício e parte, deixando o líder dos Vingadores com suas reflexões.


Próxima edição: Missão: Nova York! Participação do Quarteto Fantástico.


:: Notas do Autor

(*) Esta edição e a anterior se passam antes do atual arco do Batman. Agradecemos as dicas do nosso colega Leonardo Araújo. voltar ao texto




 
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