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Vingadores # 39

Por Robson Costa, sobre um plot de Conrad Pichler & Robson Costa

As Tropas Vingadoras
Epílogo

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Porta-aviões aéreo da SHIELD:

Steve Rogers observa Hank Pym. Após a vitória sobre Ultron e os nano-hibernantes, o cientista foi levado às pressas para o porta-aviões da SHIELD para que fosse medicado. No momento, ele está em coma induzido, devido às graves injúrias que sofreu, unido a Ultron e ao Visão. Os médicos também temem pelos efeitos no cérebro do vingador. O Capitão América acompanha o trabalho das enfermeiras pelo vidro que separa os pacientes da UTI do exterior. Elas anotam tudo que os inúmeros aparelhos, a que Pym está ligado, informam. Nick Fury, comandante da SHIELD, aproxima-se do amigo preocupado.

— Ele está em boas mãos, Capitão. São os melhores profissionais do mundo.

— Eu sei, Fury. Mas não deixo de me sentir culpado pela situação em que ele está...

— Deixe de bobagem, Cap! Você não tem culpa de nada que aconteceu com ele só porque está transando com a ex dele.

— Fury! — fala Steve Rogers, num tom de voz entre a desaprovação e uma raiva contida.

— Ok, ok, não está mais aqui quem falou. E os Vingadores, como ficaram depois de tudo?

— Estive em Washington, antes de vir aqui. O Presidente Fox revogou o status especial que as Tropas Vingadoras tinham e elas estão oficialmente extintas. A equipe retorna, mas com as condições antes da chegada de Waller e Gyrich. Somos independentes do governo novamente. Teremos um agente como ligação, mas sem os poderes de Waller e Gyrich.

— Ótimo! Washington reconheceu o excelente trabalho de vocês durante toda esta crise.

— Sim. E o melhor: voltamos para a Mansão Stark.

— De onde vocês nunca deveriam ter saído. Ir para aquela base no Arizona, só podia ser idéia daquela vaca da Waller...

— Nick, tenho que ir. Ainda há coisas a serem acertadas em Washington. Prometa que me manterá sempre informado sobre o estado de saúde do Hank.

— Não se preocupe, Cap! Qualquer alteração, você saberá.

Os dois companheiros de tantas batalhas e lutas cumprimentam-se com um forte aperto de mão. Depois, Steve Rogers sai, deixando Nick Fury acompanhando o trabalho das enfermeiras na UTI.

Tony Stark olha outra vez para o relógio, nervoso.

— Ele está dez minutos atrasado.

— Acalme-se, Tony — fala Bruce Wayne, servindo-se de uma taça de champagne. — Você sabe que Lex sempre foi dado a grandes entradas. Ele gosta de ser esperado, não de esperar.

— Eu sei, Bruce. Mas esta videoconferência é muito importante para os negócios de nossas empresas.

— Senhor, — fala a voz da Sra. Arbogast, no interfone — o helicóptero da LexCorp já pousou. Em alguns minutos, o Sr. Luthor estará aí.

— Ótimo! Obrigado, Sra. Arbogast.

Como informado, Lex Luthor entra na sala onde Bruce Wayne e Tony Stark o aguardavam.

— Bom dia, senhores — cumprimenta o empresário de Metrópolis. — Esta é uma ex-celente manhã para fazermos negócio.

— Você está atrasado, Luthor — repreende Stark. — E não se esqueça que precisas-mos do aval de Washington para o desmembramento da Oracle Inc. entre nossas empresas.

— Não se preocupe, Luthor — fala Bruce Wayne. — Stark está ansioso para acabarmos com isso. Pelo menos a sua demora me permitiu provar deste excelente champagne que ele guarda a sete chaves. Aceita?

— Agora não, Wayne. Após a assinatura, sim.

— Muito bem, então — fala Stark — vamos nos sentar e entrarmos em contato com Washington.

Os três empresários tomam as suas posições na mesa que ocupa a sala. Em uma das pontas, está um aparelho de televisão que é ligado por Tony Stark. Logo, aparece a imagem de Lucius Fox, surpreendendo aos três.

— Senhor Presidente! — fala Lex Luthor — Pensei que teríamos uma videoconferência com algum dos seus secretários para batermos o martelo sobre o desmembramento da Oracle Inc...

— Sem rapapés, Luthor. Eu mesmo decidi falar com vocês. Mas com o atraso, terei que ser rápido, pois tenho outros compromissos.

— Então, Presidente, os seus assessores concordam com os itens do contrato elaborado pelos nossos advogados? — pergunta Stark.

— Senhores, o desmembramento da Oracle Inc. foi abortado. O governo americano está assumindo o controle da empresa e de todas as suas subsidiárias. Esta decisão foi tomada levando em conta a Segurança Nacional.

— O quê?! O Senhor deve estar brincando! — esbraveja Luthor.

— Não sou um homem de brincadeiras, Luthor. Por consideração, eu resolvi que eu mesmo deveria comunicá-los, depois de tanto tempo de conversação e negociação.

— Mas isto não ficará assim! Irei acionar meus advogados e...

— Você pode acioná-los à vontade, Luthor, mas a decisão já foi tomada e é irrevogável. Senhores, bom dia!

A videoconferência se encerra. Luthor esmurra a mesa com toda a força e olha i-rado para os outros presentes.

— E vocês não falam nada?! Levamos meses para chegar a um acordo e, agora com uma canetada, eles jogam todo o acordo fora e decidem que serão os donos da Oracle Inc.

— Desculpe-me, Luthor, — fala Bruce Wayne — mas, conhecendo Lucius, como eu conheço enquanto ele trabalhou na WayneTech, esta decisão está muito bem fundamentada e não tenho certeza que venceremos o governo nos tribunais.

— Eu concordo com Bruce, Lex. — fala Stark.

— Vocês são uns covardes! Não sei como são os meus adversários nos negócios. Mas, pode deixar, os meus advogados cuidarão disso e, no fim, a Oracle Inc fará parte da LexCorp.

— Bom, então, boa sorte, Luthor — fala Stark.

Lex levanta-se da mesa e sai da sala batendo todas as portas que encontra até chegar ao seu helicóptero.

— E você, Bruce, o que fará?

— Vou consultar os advogados da empresa. Se houver uma possibilidade de Luthor meter a sua mão grande na Oracle, eu gostaria de impedi-lo.

— Concordo com você. Irei fazer a mesma coisa.

— Muito bem, Tony. Tenho que ir. Há muito que fazer em Gotham.

— Até mais, Bruce.

— Você irá à festa do Trump semana que vem?

— Não sei! Talvez sim.

— Bom, então nos encontramos lá.

Bruce Wayne sai, deixando Tony Stark sozinho. Ele pressiona um botão do interfone.

— Senhora Arbogast, cancele todos os meus compromissos de hoje.

— Sim, Senhor Stark. O Senhor vai para sua casa?

— Sim. Só entre em contato comigo, se for muito urgente.

Stark chega a sua mansão. Rapidamente, ele acessa o painel secreto que o leva ao laboratório onde ele cria as suas maiores invenções. Em pouco tempo, o Homem de Ferro cruza os céus em direção a Nova York.

Amanda Waller anda pela sala carpetada da presidência da Oracle Inc. O telefone toca, rompendo com o silêncio.

— Alô — ela atende.

— Waller, aqui é o secretário Thompson. Já está tudo resolvido. Você é a presidenta da Oracle Inc.

O político desliga, antes que Waller pudesse falar alguma coisa. Ela sorri com satisfação. Os seus planos tinham dado certo. Há muito tempo que Waller preparava uma alternativa aos Vingadores e as suas Tropas Vingadoras. Sabia que, mais tempo menos tempo, o Capitão América lhe aplicaria um novo golpe e tiraria o grupo do seu controle. Foi difícil provar que não tinha nada a ver com as armações do antigo Secretário de defesa, que tinham sido descobertas por Steve Rogers, Viúva Negra e Gavião Arqueiro. O Presidente Fox gostou deste novo Esquadrão Suicida, principalmente com a garantia de Waller que o Agente Americano seria o líder da equipe.

— Senhora Waller, — informa a secretária pelo interfone — o senhor John Walker chegou.

— Mande-o entrar.

Waller senta-se à mesa da presidência. Tudo caminha conforme os seus planos. Enquanto espera o Agente Americano entrar, ela fixa o seu olhar no que ela considera o primeiro troféu desta nova fase do Esquadrão Suicida. Em cima de um balcão, repousa a cabeça desativada de Ultron.

Homem de Ferro pousa nos jardins da Mansão Stark. A porta da mansão é aberta e surge a figura de Jarvis.

— Boa tarde, senhor. Todos os equipamentos que tinham ido para a Base Ronald Reagan já retornaram e também já estão instalados.

— Excelente, Jarvis.

— Os outros membros já chegaram e já se alojaram. O almoço será servido em dez minutos.

— Competente como sempre, Jarvis. Ótimo.

— Que bom que os Vingadores retornaram para a Mansão, senhor. Aqui é o lar do grupo.

— Tenha certeza disso, velho amigo.

Tony Stark entra na casa, seguido pelo mordomo. Ele se dirige à sala de estar, onde encontra Natasha Romanov, a Viúva Negra. A ex-espiã soviética esperava a chegada do Capitão América.

— Olá, Natasha. O que são estas malas?

— Oi, Tony. Estou deixando o grupo. Nick pediu para auxiliar a SHIELD em umas missões na Europa e decidi aceitar.

— Pena que irá nos deixar. Você é uma excelente companheira.

— Obrigado, Tony.

— Você fica para o almoço?

— Sim, eu quero falar com o Steve.

Homem de Ferro deixa a Viúva Negra e vai para o primeiro andar da mansão, onde ficam os quartos dos membros titulares da equipe. No segundo quarto, ele encontra com Wanda Maximoff, a Feiticeira Escarlate.

— Fico contente que tenha voltado para equipe, Wanda.

— Eu também. Mas devo um pouco ao Visão.

— Não se preocupe. Logo, ele estará ativo novamente.

Dois quartos à frente, Stark encontra Jim Hammond, o primeiro Tocha Humana. O andróide não percebe a entrada do vingador no seu quarto. Toda sua atenção está voltada para um monitor que exibe imagens do laboratório no subsolo da mansão. Na tela, aparece o sintozóide Visão, inerte, mergulhado em uma substância reparadora em uma cápsula.

— Não se preocupe, Jim. O Visão está passando por um processo para verificar se não há mais nenhum nano-hibernante no seu interior. Após isso, começaremos os reparos e ele estará ativo em pouco tempo — explica o Homem de Ferro.

— Eu sei que os Vingadores o reconstruirão e ele estará bem logo. É que, de certa forma, não deixo de sentir uma ligação com ele.

— Entendo. Fico contente por ter aceitado o meu convite.

— É uma grande honra para mim.

— Com licença, pessoal — fala Gavião Arqueiro, batendo na porta do quarto. — Jarvis interfonou. O Capitão chegou e o almoço já está pronto. Vamos descer logo, senão Thor acaba com tudo.

O almoço transcorre em um clima de felicidade, apesar do ar de abatimento do Capitão, passar desapercebido por todos, menos pela Vespa.

— Jarvis, — fala Thor — saibas que, durante todo o interregno em que habitamos a Base Ronald Reagan, nada chegou nem próximo deste repasto que nos serviste. Um brinde ao nosso estimado serviçal, mas, na verdade, o maior amigo desta equipe!

— Um brinde! — respondem todos.

— Obrigado, senhores — fala Jarvis emocionado, mas escondendo uma lágrima que escorre.

Após o almoço, Viúva Negra despede-se de todos e parte. Outros também saem para cuidar de assuntos particulares, como Thor e o Homem de Ferro. Wanda e Tocha Humana sobem para os seus quartos para terminar a arrumação. Na sala de estar, ficam apenas Steve Rogers e Janet Van Dyne. A pequena heroína aproxima-se do seu amado e sussurra no seu ouvido:

— Enfim sós.

Capitão sorri e, como hipnotizado, é levado pela Vespa pra o seu quarto. Após tantas aventuras, ameaças e tristezas, os dois se permitem uma tarde de amor. Mais tarde, Vespa acorda e percebe que Steve Rogers não está ao seu lado. Ela o descobre, sentado em uma poltrona, olhando por uma das grandes janelas do quarto. Ela se aproxima.

— O que o está perturbando, Steve? Percebi isso já durante o almoço.

— Fui visitar Hank no porta-aviões da SHIELD. Ele continua no coma induzido. Os técnicos da SHIELD encontraram um último nano-hibernante, na nuca de Hank. Mas já desativado.

— Ele deve ter sido a entrada pela qual Ultron o dominou para que eles fossem u-nidos.

— Sim, talvez.

— Steve, me escute bem — Janet segura o rosto dele firmemente em suas mãos. — Não se culpe pelo que aconteceu. Se há um culpado nisso tudo, ele é o Ultron. Mas agora ele está desmontado e não nos ameaça mais. Hank foi tão vítima quanto qualquer um dos soldados dominados.

— Sim, é verdade.

— Então, alegre-se. Os Vingadores tornaram-se novamente uma força independente, sem ter que responder a ninguém. Somos novamente respeitados pelas pessoas. Voltamos para a Mansão. É ou não é um final feliz?

Capitão América não responde. Apenas abraça a Vespa fortemente e a beija.




 
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