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Vingadores # 08

Por Dell Freire

Fliperama

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— Na verdade, nem sei se deveria ter vindo...

— Fique tranqüila, Supermoça — a voz de Thor está ligeiramente embriagada pela noite passada — O bom e velho Clint adorará lhe conhecer; pois haveria remédio melhor do que a companhia de duas adoráveis senhoritas?

Olhando de lado para o deus do trovão e sua nova postura descontraída, Vanda Maximoff encaminha-se ao lado dos outros dois Vingadores para se encontrar com o Gavião Arqueiro. Em estado de franca recuperação, Clint Barton fiocu incomunicável por várias semanas porém, há alguns dias, começou a receber visitas.

— Foi ótimo rever você, Clint! — um visitante de uniforme verde, de arco e flecha, levanta-se para se despedir.

— Valeu, Ollie! — com cuidado, o Vingador aperta a mão de seu amigo — Pode ficar tranqüilo que em breve eu abandono essa cama e a gente marca uma farra!

— É bom mesmo! — o Arqueiro Verde faz um aceno com uma das mãos para Barton e passa pelos Vingadores, indiferente a eles — Se demorar muito, o Arsenal será o segundo melhor! (*)

"Por que todos os arqueiros são tão cheios de si?" — pergunta-se Vanda, antes de se aproximar do leito de seu ex-amado e atual colega de equipe.

— Vanda! Pelo fluxo de heróis por aqui, o mundo não está tão cheio de problemas, não é verdade? — Clint Barton deixa escapar meio sorriso e aperta a mão da Feiticeira Escarlate com força — É bom ver você. E você também, Thor.

— O mesmo digo eu, meu caro irmão. — Thor aproxima-se, dando tapinhas no ombro do Gavião Arqueiro, que se segura para não xingar o deus do trovão — Veja que não esquecemos os amigos; e veja que novas e lindas amizades surgem para ti.

Dando um passo, a Supermoça se aproxima.

— É um prazer conhecer você, Clint.

— Eu é que estou realmente encantado, Supermoça. — o Gavião Arqueiro a olha de cima a baixo, encantado com as formas da loura — Ouvi falar muito de você e, pode ter certeza, não exageraram nem um pouquinho.


A Feiticeira pigarreia ligeiramente, insinuando que Clint se contenha; Supermoça, ligeiramente envergonhada, cora um pouco e fica em silêncio.

— Os Vingadores aguardam que volte assim que puder, amigo.

— Não sei, Thor. — o rosto do arqueiro fica um pouco mais sério — Nessas semanas que passei entrevado nesta cama, tive tempo para refletir e, apesar de não ter chegado a lugar nenhum, penso que o meu retiro dos Vingadores acontecerá cedo ou tarde. Essa proximidade com a morte mexeu comigo.

Vanda aperta a mão de Clint.

— Puta que o pariu! — o grito de Clint surpreende a todos.

— Mas o que...? — Vanda percebe que a atenção do homem enfermo se dirige à TV. Clint, com um controle remoto, aumenta o volume do aparelho.

Os Vingadores, naquele quarto de hospital, vêem pela TV um outro integrante da equipe com algemas de Adamantium nas mãos e nos pés, mordaça de metal e aparentemente sedado. A câmera dá um close em seu rosto, mostrando seus olhos vermelhos como expressão da mais pura raiva.

Jack Ryder sorri. A captura de Mercúrio (**) e a revelação diante da mídia de que o vingador se propusera a fazer vigílias pelas ruas que muitas vezes resultavam em atitudes arbitrárias e violentas contra qualquer marginal dava altos picos de audiência. De repente, as imagens do Vingador capturado desaparece e, em seu lugar, entra o apresentador.

— Pietro Maximoff é um caso perdido... Anos e anos ligado ao grupo terrorista conhecido como Irmandade de Mutantes, liderado então por Magneto... Perdoado pela sociedade, se reergueu como herói graças ao Capitão América... Hoje, capturado em plena ação violenta contra marginais. Um fora-da-lei... É isso que são os Vingadores.

Ele respira fundo, lamentando-se e obrigando os telespectadores a partilhar de sua preocupação.

— Será que é disso que você necessita, cidadão?

— Eu quero um calmante! — Henry Peter Gyrich desliga o controle remoto da TV na sala principal da mansão dos Vingadores — Eu quero um calmante e uma arma! Alguém me dê uma arma!

— Suicídio não é a saída mais honrosa, senhor. — Jarvis traz uma bandeja com água e um comprimido.

O representante do Governo para assuntos Meta-Humanos engole o comprimido e bebe a água com urgência.

— Eu mato o Pietro! Eu mato!

— Acalme-se. — Steve Rogers, em roupas civis, chega à mansão em meio à balburdia iniciada pelo mutante — Antes de mais nada, precisamos reiterar o nosso apoio a Pietro.

— Você ficou louco? — Gyrich se levanta, punho cerrado — Esqueceu que nós estamos em processo de recuperação de imagem? Que a nova formação veio exatamente para fortalecer a necessidade dos Vingadores perante o público depois do fracasso com o navio petroleiro? (***)

— Aspectos burocráticos e de marketing são especialidade sua, Gyrich. — Rogers joga sua mochila em cima de um sofá — Ao contrário de você, tenho uma dívida grande com o bom nome dos Vingadores e faço de tudo para saldá-la. E cada um de seus integrantes é como um filho para mim. — ele olha para a TV, as imagens do aprisionado Mercúrio são repetidas — Vou fazer uma declaração pública de apoio a ele e esclarecendo que ele merece tanto a punição quanto um tratamento.

— Tratamento? — o homem do governo se retira da sala, ainda tagarelando — Você é que merece um tratamento! Ele se tornou um psicopata, agredindo e inutilizando marginais. Providenciarei que esse mutante desgraçado apodreça na cadeia e retirarei qualquer vínculo nosso com ele.

— Veremos... — murmura baixo Steve Rogers.

— Como foi a sessão especial de cinema? — pergunta Jarvis para suavizar o clima.

— Pouca gente... Eu fui ver uma nova exibição de Era Uma Vez na América.

— Ah, sim. O senhor me disse. O que achou?

— Bem, gostei muito. Sabe que coisas que são das décadas de 30 e 40, ou que retratam esse período, mexem especialmente comigo, já que fui formado nessa época. Uma época de repressão e dureza em comparação com a modernidade e facilidades de hoje.

— Houve um choque entre a sua visão da América e a do diretor, senhor?

— Sim... Talvez eu esteja ultrapassado demais, mas essa visão de que o sonho americano não deu certo me parece precipitadamente cínica e esse é um sentimento que quero longe de minha nação.

— Patrão, o senhor é um nostálgico incorrigível...

Em seguida, para surpresa dos dois, um alarme soa em todo os recantos da mansão.

— Estamos sendo invadidos! — o susto de Jarvis é seguido simultaneamente por um reflexo de Rogers, que se retira para vestir o uniforme guardado em sua mochila.

Alguns minutos antes do alarme soar, um embate de esgrima entre Namor e Tony Stark é travado em um exercício incomum.

— Não sabia dessa sua... — o Príncipe Submarino recua, surpreso com a tomada de ofensiva por parte de Stark — ... habilidade com a esgrima.

O milionário sente-se animado com a disputa e, concentrado, demora a responder ao seu amigo. Prensado contra a parede, o atlante demonstra ser inferior em habilidade, mas tenta aplicar a força de seus punhos e seu corpo contra o adversário. Com certa dificuldade, ele consegue empurrar Stark para longe, mas este volta a contra-atacar, movendo a espada agilmente, agora com uma certa distância.

Realmente surpreso, Namor fica sem alternativa a não ser recuar diante de cada ofensiva mais forte de seu adversário; suas espadas se enroscam e, usando a força de seu braço, Tony Stark desarma o príncipe submarino, pressionando a espada contra seu pescoço.

— Você venceu. — reconhece o atlante, como forma de pedir que o outro abaixe a arma.

— Foi uma boa disputa. — Stark abaixa a arma e massageia seu braço — Felizmente, minha recuperação foi rápida. (****)

— E está apto para voltar aos Vingadores. — Namor pega uma garrafa d'água e joga sobre seu corpo — Sua experiência faz falta à equipe.

— Não é hora ainda, príncipe... Não ainda... Tenho alguns assuntos pendentes para tratar antes de voltar. — ele encara o atlante — As investigações a respeito do ataque ao navio petroleiro Mysteries estão avançadas.

— Mesmo? A última notícia que tive era de que o FBI estava tendo dificuldades pela ausência de testemunhas.

— Sério? — Stark passa uma toalha no rosto — Um, dentre vários outros, dos motivos da minha ausência dos Vingadores é que estou contribuindo na medida do possível com o FBI.

— Alguma novidade?

— Oh, não... não... Pode ter certeza que assim que eu e o FBI terminarmos as investigações, você e todos os Vingadores serão os primeiros a saber.

O Príncipe Submarino prepara-se para realizar mais uma pergunta, quando o alarme dispara, sinalizando a invasão e posicionando os dois em estado de alerta.

Assim que veste a máscara, o Capitão América tenta abrir a porta do aposento em que está; não consegue. Na verdade, a maçaneta se quebra em sua mão, totalmente congelada. Um frio intenso percorre sua espinha e ele começa a perceber que toda a mansão dos Vingadores está começando a tomar gradativamente uma temperatura abaixo de zero. Seus móveis, ornamentos e equipamentos estão começando a apresentar uma fina camada de gelo.

Com um chute, seguido de uma corrida, o veterano da Segunda Guerra destrói a porta e começa a percorrer os corredores quando, de repente, o chão sob seus pés recebe um raio de gelo, que torna o piso escorregadio e sem segurança. Com extrema dificuldade, Rogers pára e tenta manter-se apoiado na parede.

À sua frente, surge um homem com roupas de frio azulada, um ar de deboche aparecendo em seu rosto. Rogers, reconhecendo um dos invasores como sendo o Capitão Frio, vilão de Central City, mais do que depressa lança seu escudo em direção à arma congelante do adversário, desarmando-o e recebendo seu símbolo de volta.

Com uma gargalhada que despreza o gesto do inimigo, o Capitão Frio ataca mesmo sem armas e se aproxima do Capitão América ao deslizar com seus patins de gelo. Rogers, uma das mãos apoiadas na parede, não tem o equilíbrio necessário para o combate e, por outro lado, seu oponente está em seu meio.

Rogers leva um murro e cai ao chão; o Capitão Frio começa a rodear seu oponente, patinando. A lenda viva da América recebe um chute no peito e começa a sangrar: uma lâmina surge na ponta de cada par dos patins que começam a golpeá-lo incessantemente.

Mesmo caído, o Capitão América segura o criminoso durante a execução de um dos chutes e também o leva ao chão. Com dificuldade, Rogers levanta-se e, quando contrai os músculos do braço para esmurrar seu oponente, vê uma segunda arma congelante sair do uniforme do Capitão Frio e ser apontada para ele.

Um espantalho vestindo terno e gravata está colocado à frente do portão principal da mansão dos Vingadores e, em sua cabeça, o rosto caricato de borracha do presidente norte-americano. Henry Peter Gyrich fecha a cortina da janela, observando a figura em meio à nevasca que domina a mansão. Enojado, ele se dirige para o Homem-Animal.

— Temos que acabar com essa palhaçada! Como nos invadiram tão facilmente? Buddy, retire aquele acinte às instituições americanas agora mesmo!

— Precisamos descobrir primeiro quem está nos atacando! — o Homem-Animal está de braços cruzados, o frio o incomodando — Só vejo uma forma...

De repente, Buddy Baker pára de falar e presta atenção a uma melodia brilhantemente executada por uma flauta. Gyrich reconhece um trecho dela como sendo um trecho da música A Flauta Mágica mas, surpreendentemente, ela começa a ter uma nova execução de trás para frente que a torna irritante aos tímpanos e aos nervos do vingador e do representante do governo americano que, simultaneamente, cobrem os ouvidos com as mãos.

Dois patinadores surgem e, de imediato, são reconhecidos como os vilões de Central City conhecidos como o Flautista e o Capitão Bumerangue. Sem alternativas, os dois homens resolvem enfrentar seus inimigos; Gyrich, rangendo os dentes de raiva e de transtorno pela melodia magicamente invertida, tenta inutilmente correr atrás do Flautista, mas se desequilibra.

A alguns metros, o Homem-Animal começa um embate com o Capitão Bumerangue que, enquanto circula pelo salão principal da mansão, vai atirando algumas de suas armas. Esquivando-se como pode, Baker tem suas pernas atingidas pela arma australiana e cai ao chão, dando de cara com uma imensa barata. Conectando-se com ela, adquire a habilidade de voar.

Do alto, o contra-ataque aéreo aos seus inimigos surte mais efeito e, num gesto rápido, ele toma o instrumento das mãos do Flautista, interrompendo a desconcertante sinfonia perturbadora de sentidos. Os dois inimigos se retiram para outro cômodo da mansão dos Vingadores.

— De onde tirou tanta coragem, Gyrich? — pergunta, em tom de deboche, o Homem-Animal.

— Rapaz, no dia que o ataque de dois homens de saia me assustar, pedirei minha aposentadoria imediata!

— Estranho...

— O que foi?

— Pelo que conversei com o Flash, na época que fazia parte da LJA, o Flautista se regenerou e não teria nenhum motivo para nos atacar.

— É exatamente por isso que acredito que a única regeneração de um criminoso é a morte!

— Gyrich, conheço bem o Flash e tenho certeza que ele não se enganaria a respeito de alguém que enfrentou por anos! Há algo de estranho nisso tudo.

Após vestir uma blusa justa, que deixa seus seios bem delineados, em frente a um dos muitos espelhos que existem em seu quarto, Natasha Romanoff penteia seus cabelos ruivos, preparando-se para sair para dançar esta noite em uma das tantas casas noturnas que existem em Nova York. Em outra oportunidade, iria visitar seu ex-amado Clint Barton, mas hoje sua escolha é se dar uma noite inesquecível.

Enquanto se observa na penteadeira, tem a impressão de ouvir um risinho. Mas não se incomoda e continua. Um segundo risinho, contendo uma respiração mais abafada, quase excitada, a perturba. Ela levanta-se.

— Não! Não! Nada de movimentos bruscos. Isso retira o clima! — a voz sai de dentro dos espelhos e em seguida o rosto do Mestre dos Espelhos aparece — Você é espetacularmente linda!

Duas mãos saídas dos espelhos seguram fortemente os braços da Viúva Negra que, ainda surpresa demora a reagir. O Mestre dos Espelhos sai por inteiro da superfície reflexiva e se dirige a Natasha.

— Um beijo! Eu quero apenas um beijo!

— Desgraçado! — berra ela.

Com um movimento rápido, o Mestre dos Espelhos recebe a clássica joelhada nos testículos e se ajoelha de dor. Apesar de abaixado, ele reage ao fazer surgir por trás da mulher meia dúzia de suas cópias, seus reflexos que irão combatê-la.

Em meio a cálculos matemáticos, música eletrônica e a eventual consulta de livros a respeito de física quântica, o Visão só começa a perceber que há algo estranho na mansão quando a temperatura começa a baixar até chegar à formação de cristais de gelo. Com o dedo indicador, o sintozóide coloca um pouco de gelo debaixo de sua língua artificial.

— Talvez tenha sido uma dádiva que o paladar e a sensibilidade térmica não façam parte de meus sentidos... — pensa ele.

O Vingador se levanta com a tranqüilidade de um robô e se retira de seu quarto para transitar pelo corredor e ficar a par da situação, mas assim que dá seus primeiros passos para fora, uma gigantesca mão peluda e azulada o golpeia de forma tão forte que, se sua composição fosse humana, teria seu pescoço partido. Seu corpo voa por alguns metros até encontrar uma parede.

"Bem, estou começando a perceber as desvantagens de ser humano." — reflete o Visão, enquanto se levanta para observar melhor seu oponente. Um gigantesco gorila de cor azul escura bate suas garras no próprio peito e, surpreendentemente, ao invés de urrar, começa a falar como um humano.

— Hoje é a noite mais negra para os Vingadores. Todos irão morrer nas mãos do Gorila Grodd!

"Um monstro de Central City em Nova York?" — surpreende-se o Visão, enquanto, a tempo, aumenta sua densidade ao máximo e faz com que os murros e golpes do animal falante não surtam nenhum efeito.

— Morra, desgraçado! Morra! — berra o gorila.

— Morrer, para mim, é uma impossibilidade técnica — diz o Visão.

Usando e abusando de sua capacidade de alterar sua constituição, o Vingador agora se torna intangível e de uma transparência absoluta, trespassando seus dois braços no corpo do monstro, que começa a soltar faíscas em um sinal de curto-circuito.

"Suas composições internas são as de um andróide." — pensa o sintozóide, retirando seus braços do adversário caído, um pouco de fogo começando a se iniciar no interior do monstro. — "Mas o Gorila Grodd é um monstro e não um andróide, segundo os arquivos dos Vingadores a respeito dos vilões de Central City. Há algo de estranho por aqui."

Ele alça vôo, mas não sem antes olhar o aspecto repugnante de seu adversário derrotado.

— Falta de memória... Falta de memória é uma qualidade dos humanos que, no futuro, poderia me ser útil...

Um de costas para o outro, Namor e Tony Stark — sem armadura — enfrentam como podem o ataque do vilão conhecido como o Pião. Com uma máscara negra, uniforme verde e no centro de um pião gigante que gira sem parar, disparando rajadas de balas, o criminoso faz com que Stark pule para o lado para se proteger, enquanto Namor sente as balas ricocheteando em seu peito e, ao voar, tenta o confronto aéreo.

— Esse foi um dos motivos por eu ter me afastado dos Vingadores, Namor. — de costas, se protegendo atrás de uma pilastra, Stark resmunga — Um dia estou finalizando negócios na bolsa de valores, no outro estou combatendo um lunático com uma fantasia ridícula e poderes mais ridículos ainda.

— Você ainda não viu nada! — a frase vem de longe e Stark olha para sua direção.

Se não estivesse vendo uma submetralhadora sendo empunhada em sua direção, o dono da armadura do Homem de Ferro teria um ataque de riso pela lembrança de uma cena de O Iluminado: à sua frente, no corredor, um homem armado vestindo uma roupa colorida listrada, uma máscara e uma capa está se equilibrando habilmente em uma minúscula bicicleta de circo.

— Eu sou O Trapaceiro! — ele atira para cima, perfurando o teto.

Antes de se levantar, Stark ouve a voz do Capitão América:

— Não, você não é o Trapaceiro! — ele lança seu escudo direto no estômago do homem que guia a bicicleta, a cabeça do andróide com feições do Capitão Frio debaixo do outro braço — Você é o Arcade!

— Droga, bem que minha assistente me pediu para mudar o meu cabelo! — sorri Arcade, depois de se recuperar.

O vilão que prefere que a realidade seja um jogo de fliperama está à vontade na fantasia do Trapaceiro e, agora de pé, vê cair o andróide com as roupas do Pião, derrotado pelo Príncipe Submarino.

— Esse derrotar constante é que me entedia... Nem uma vitória?!! Nem uminha?!!

— Como invadiu nossa mansão? O que pretende?

— Seu sistema de segurança não é dos melhores, senhor América! — Arcade começa a mexer no nariz com um dos dedos, como se fosse uma criança — E pelo que fui pago, meu serviço de desmoralização já está feito! Aliás, assim que eu, meu aliado e meus andróides fizemos a invasão, nossa missão está terminada! C'est fini!

Apertando um botão em seu cinto, um jato propulsor em suas costas é acionado e, mandando um tchauzinho para o Capitão América, Arcade está prestes a estilhaçar uma vidraça para fugir, mas o impulso repentino tomado pelo Príncipe Submarino joga o criminoso direto no solo, inconsciente.

— Steve, há muita coisa estranha acontecendo por aqui.

— Eu sei, Tony. Eu sei. E já estou ficando cansado com tantos absurdos seguidos sem explicação.

Bufando, Gyrich aparece, ladeado pelo Homem-Animal.

— Como deixamos isso acontecer? Como um palhaço e uma legião de andróides entrou aqui?

— Além do Arcade, esse aqui também não tem nada de artificial... — observa a Viúva-Negra, surgindo e arrastando um Mestre dos Espelhos desmaiado com um estranho sorriso nos lábios.

— Uma providência imediata para nossa segurança é necessária. — Namor se posiciona ao lado dos outros, demonstrando a mesma preocupação.

— Sim. As recentes tragédias, a prisão de Mercúrio e essa invasão exigem que aguardemos Thor e as outras vingadoras chegarem para nos reunirmos imediatamente!

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Notas do Autor

(*) Veja os detalhes desse reencontro entre Oliver Queen e o Gavião Arqueiro em uma das próximas edições do Arqueiro Verde no Hyperfan.voltar ao texto

(**) Ver edições anteriores, especialmente Vingadores # 06.voltar ao texto

(***) Ver Vingadores # 01.voltar ao texto

(****) O Homem de Ferro teve seu braço quebrado durante a tentativa de resgate de um navio petroleiro em Vingadores # 01. voltar ao texto



 
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